Vivem-se dias obscuros e atípicos na rua Buenos Aires. O estádio foi começado mas não foi concluído (vivemos sendo iludidos por promessas e mentiras), os diretores e presidentes foram eleitos por “atleticanos” mas não sabem torcer pelo Atlético, o time tem um elenco bom mas sofre para ganhar uma partida dentro de casa, e a torcida que antes era vibrante e vencedora, hoje, torce calada e amargurada, pois não tem o direito de cantar e batucar a felicidade e o orgulho de serem atleticanos.

Que dias estranhos são estes na rua Buenos Aires?

Que “inimigos” são estes que dirigem o Atlético, e simplesmente, impedem que a própria torcida manifeste-se? Obs: mas não impedem a manifestação e a batucada dos adversários.

Quem são estes presidentes e diretores gananciosos e egoistas, que possuem coragem suficiente para cobrarem pela colocação das faixas das torcidas organizadas nas grades que separam o campo da arquibancada?

Quem são estes conselheiros que dizem serem atleticanos, mas em último lugar, pensam no bem estar da torcida rubro-negra? Estou decepcionado com o arrogante Mário Celso Petraglia e com o frio e inacessível João Augusto Fleury da Rocha. Eles mais parecem com aqueles donos de clubes ingleses; São distantes, orgulhosos e poderosos o suficiente, para desprezarem a torcida, e tudo o que ela representa e faz (e que já fez) pelo clube que tanto ama.

Qual vai ser o próximo capítulo do caso: Presidentes X Torcida? Só faltam cobrar pelo número de gritos que pode-se dar na “Arena da Baixada”. Obs: o nome “Arena” foi bem dado, pois no império romano, as arenas eram usadas para espetáculo horríveis, como a queima e a carnificina dos escravos e dos cristãos. E a nossa “Arena”? Que tipo de espetáculo está dando? Só faltam querer crucificar a torcida pela derrotas e pelos péssimos espetáculos dados no gramado.

Nunca em oitenta anos, a torcida rubro-negra foi tão desprestigiada e maltratada como hoje. Alguém ainda duvida que vive-se dias obscuros e atípicos na rua Buenos Aires?