Falação
Lendo os textos do “Fala”, reparei que na relação não se encontrava nenhum dos meus… E só aí me dei conta de quanto tempo não escrevo. A correria, talvez…
Mas cresce a satisfação ao ler tantos textos: diversos nos conteúdos, uníssonos na paixão. Desde o torcedor indignado com o brinquedinho da Gulliver, passando pelas inteligentes e cortantes frases dos advogados. Da declaração de amor ao Levir, à exaltação de apoio ao Jadson; dando adeus ao Ilan, agradecendo ao Socheaux… Tem o engenheiro que manda às favas o Paraná, um que comenta a setorização e outro que defende o alegre batuque da Fanáticos.
Há ainda o do puxão de orelha no Lança, os inconformados com a insconstância, os que ficaram indignados na derrota pro Inter. Tem o justamente revoltado com as brigas passadas neste ano, motivadas por diretores insanos. Há o que fez conta de renda, detectando prejuízos; os que brincaram com as palavras e com o juízo. Há os que fizeram força prá escrever. De outras teclas, palavras saíram soltas e alegres. Angustiadas e tristes. Perplexas e triunfantes. Paixão, alegria, amor e dor. Triunfo, glória, esperança e torpor. Ênfase, orgulho e decepção. Objetividade, clareza, embromação…
Não importa: por mais que a gente leia, não dá pra cansar de tantas manifestações de amor ao Furacão. Isso sim, por maiores as críticas, é deslavado nos textos de cegos e apaixonados atleticanos, como nós… Gente que, na alegria e na tristeza, no calor, no frio e na chuva, permanece impavidamente apaixonado… Gente que, como nós, se alegra e se emociona com o pequeno – porém grandioso – ato de escrever singelas mensagens a seu amor.