A mala preta e vermelha
Até agora estou tentando entender o que aconteceu. Já li artigos, já ouvi comentários no rádio, já assisti a todos os programas espotivos da televisão e ainda não consegui chegar aos porquês da derrota, da apresentação apática. Na verdade acho que ainda não quero acreditar no que aconteceu.
Devo concordar que a disputa pelo caneco estava apertada, que qualquer deslize significaria a perda do título. Mas jamais, nem em meus pesadelos mais sombrios, poderia imaginar que, de fato, tal erro seria cometido. O que me tomava os pensamentos até ontem era a euforia de 2001, a conquista, a festa. E hoje, que realidade amarga!
De fato foi um banho de água fria. Mas se querem saber, eu ainda acredito na conquista. Primeiro porque, como atleticano de sangue, jamais vou me curvar às adversidades e, por mais desolador que possa parecer o quadro, sempre terei fé nas nossas cores, até o último apito do campeonato. E depois porque existe sim a chance do Vasco arrancar pelo menos um empate do Santos.
Mas para tanto eles precisam de motivação. Assim como nós, que temos a obrigação de vencer o Botafogo para continuar na briga, eles também precisam de motivos para nos dar de presente (sim, infelizmente dependemos deste presentão de Natal) o título brasileiro. E lá pros lados de São Januário não vejo qualquer outra motivação possível para esta partida que não seja dinheiro.
Por isso quero crer que o businness vai falar mais alto que os atritos entre o Imperador MCP e o falido presidente cruzmaltino. Hoje (já vislumbro) MCP vai pegar o telefone e acertar os valores (altos, bem altos, imagino). E isso porque não é apenas a segunda estrela (pra jogar na cara da porcada) que está em jogo, mas sim uma conquista que pode significar excelentes dividendos no futuro. Então, senhores, let’s do bisuness! E que a malinha vermelha e preta vá bem recheada pra S.J. do Rio Preto, engordar o Natal de Pet e sua turma.
Eu ainda acredito, no meu amado Furacão Destruidor e no poder do capital.