Batata quente
A liderança do campeonato brasileiro, ao se analisar o histórico, ficou com diversos clubes. No começo, era o Criciúma. Depois São Paulo. Até chegar, vamos assim dizer, nesta disputa restrita em que hoje se encontra o campeonato: de um lado o nosso Furacão, e de outro o Santos.
As rodadas foram passando, de modo que a liderança – uma vezes mais rápido e outras um pouco menos – foi se alternando. O Furacão já vinha com a tal da liderança nas mãos por um bom tempo. Tinha de segurá-la nas últimas seis rodadas. Algo difícil, pois Atlético e Santos são times aproximados.
Ocorre, que a pressão de se estar na liderança, é intermitente, e, ao que parece, tanto o Furacão quanto o Santos, não tiverem inteligência emocional para tratar deste complicativo. Mas, uma coisa é certa: depois que o Rubro-negro engrenou neste campeonato – o Santos alavancou primeiro – nós nos mantivemos mais tempo na liderança que eles. A última vez – se não me engano, eles aguentaram duas rodadas. Eu pergunto: Será que aguentam a próxima? Não sei. O Santos é um time instável, pois, caso fosse bom, já teria abocanhado a taça. Por que não ganhou ainda o título? Por que só na última rodada? Não têm uma série de estrelas no elenco?
Não sei não, mas algo me diz – e destino é uma coisa traiçoeira, que eles já estão com as mãos queimadas demais para aguentar essa batata quente. Agora, inverteu-se a alegria, a confiança, etc. Mas se inverteu também, a obrigação de ganhar, a pressão, o clima de já ganhou – o qual, particularmente, sempre reprovei. Prova disso, é o teor das afirmações do ala Léo – “vai ser muito difícil tirar da gente”, a comemoração dos jogadores como se campeões tivessem sidos.
Se nós sofremos tanto com os bastidores, chegou a hora de eles provarem o clima extra-campo, a mala-preta, as artimanhas do Eurico, enfim, tudo.
O SANTOS NÃO É CAMPEÃO. Falta um jogo. Dois. Eu estarei na Baixada: se perdermos o título, já absorvi o impacto, mas se ganharmos, dá licensa!
Rumo ao BI moçada.