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31 mar 2005 - 11h09

Vou baixar o som da TV

Não sei qual é a cor da crônica esportiva do Paraná. Sei que ela, a crônica, é ruim, beirando a mediocridade. São poucas as exceções. Em sua grande maioria, os pseudo-jornalistas que atuam na área vivem num mundo limitado, incapazes que são de enxergar os fatos em sua real dimensão, de analisar todas as circunstâncias que envolvem uma partida de futebol. Voltei a pensar sobre o assunto durante a transmissão, pela TV, do jogo Londrina e Atlético.

Quem teve o cuidado de analisar as imagens que apareceram na tela constatou que o árbitro escalado pela FPF teve uma atuação desastrosa. Errou do primeiro ao último minuto, numa demonstração de insuficiência técnica e falta de preparo físico. Nada de novo. O fenômeno se repete a cada rodada do melancólico campeonato paranaense. Mas, para os “especialistas” que nos brindaram na noite de quarta-feira com seus comentários preciosos, a disputa se resumiu a dois lances capitais. No primeiro, quando o Atlético vencia por um a zero, uma confusão na pequena área. Um dos nossos zagueiros (acho que o Durval) amorteceu a bola e, na queda, caiu com o braço em cima dela. Pênalti? Difícil interpretar o que aconteceu naquele instante. Houve desvio voluntário? O defensor agiu com imprudência? A bola tomava a direção do gol ou de algum atacante do Londrina? Não existe uma resposta única para essas perguntas. Mesmo assim, os narradores deram o veredicto: mão na bola. Pênalti indiscutível não assinalado pelo juiz mal-intencionado.

No segundo tempo, uma falta inexistente a nosso favor deu origem a uma cobrança magistral do Fernandinho, ampliando o placar para dois a zero. Pronto. Pela teoria conspiratória sustentada pelos cronistas, o árbitro passou a ser o responsável direto pelo resultado da partida. Nem mesmo o placar final, de quatro a zero, serviu para amenizar a indignação televisiva. Curioso. No primeiro tempo, dois lances de falta perto da área, a favor do Londrina, passaram batidos. As faltas, ambas perigosas, foram marcadas a partir de erros grosseiros de Sua Excelência, que confundiu bola no peito dos zagueiros com desvio de mão. A diferença é que, nesses casos, os gols não aconteceram e os equívocos foram encarados como “normais” na transmissão.

Ainda que se considere a indigência da crônica esportiva, é de se estranhar o tamanho da parcialidade de quem narrou e comentou o jogo. Não resta dúvida de que a insegurança do árbitro prejudicou a partida no seu todo. Não trouxe nenhum benefício ao Atlético – que venceu porque tem melhor time, porque seu técnico acertou nas substituições e porque era o favorito – e nem provocou a ira dos londrinenses. Nada se disse a respeito.

O que está acontecendo tem causa, ao que parece. Seria reflexo da estranha missiva assinada, poucos dias atrás, pelo presidente rival, subitamente elevado à condição de paladino da moral e dos bons costumes desportivos? Com ampla divulgação na imprensa, o documento – na verdade, um amontoado de bobagens e contradições – sugere a existência de um plano diabólico para mudar os destinos e a classificação final do campeonato. Pelo seu teor absolutamente ridículo, deveria ter sido ignorado. Mas não foi. Há, na imprensa do Paraná, quem aceite as idéias depejadas pelo mandatários de um clube condenado a ser eternamente pequeno. E ainda as considere “brilhantes”. O que fazer?

Daqui por diante, vou baixar o som da TV e ficar apenas com as belas imagens das nossas vitórias.



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