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Edino Nazareth Filho, o Edinho, tem em seu currículo de empresário de jogadores um episódio delicado. Em 2001, ele foi acusado de estar diretamente envolvido com a falsificação de passaportes para que atletas brasileiros pudessem atuar na Europa.

Como se sabe, a partir da formação da União Européia e do célebre caso Bosman, passou a ser livre a atuação de jogadores de origem comunitária em qualquer país integrante da comunidade. Assim, as restritas vagas destinadas a atletas estrangeiros passaram a ser disputadas principalmente por sul-americanos e africanos.

Porém, em casos de dupla nacionalidade, o atleta nascido no Brasil deixa de ocupar uma vaga a estrangeiro e passa a receber o mesmo tratamento dos europeus. Por isso, possuir um passaporte de algum país europeu passou a significar um aumento significativo das possibilidades de atuar no continente (foi graças a isso, por exemplo, que foi facilitada a negociação do atacante Ilan com o Sochaux).

Edinho

Em 2001, a justiça francesa detectou que vários atletas brasileiros possuíam passaportes falsificados. Os casos mais famosos foram os dos atacantes Alex Dias (hoje no Vasco) e Aloísio (Atlético), ambos negociados pelo Goiás com o Saint-Etienne.

Edinho era o empresário dos dois atletas e foi acusado de ter sido o responsável pela obtenção dos documentos falsos. Ele foi condenado pela justiça francesa por participação no caso. Na época, a notícia foi veiculada inclusive por sites de direito (veja link abaixo).