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11 maio 2005 - 22h39

“Não faremos loucuras”

Após a vergonhosa derrota para o Independiente Medellín, nosso Presidente João Fleury “não sabe nada de futebol” Rocha, calmo e sereno, como se o panorama futebolístico que ora se apresenta constituísse algo normal disse, ao falar sobre reforços para o time, que a diretoria “não faria loucuras”.

Talvez fale assim porque as ditas sandices já foram feitas e, diga-se de passagem, com a competência dos loucos mais alheios à realidade circundante.

Afinal, que exemplo melhor de devaneio do que Maciel, um atacante vindo do time que atualmente ostenta o título de Campeão do Mundo, mas que demonstra ser um jogador incapaz de driblar, passar, chutar e desenvolver qualquer jogada contundente a nosso favor? Ou ainda o Delirium Tremens que resultou na contratação de Fabrício, cujos passes errados (ele não joga futebol todo o dia?) resultaram nos primeiros gols de Santos e Independiente? E Aloísio, impossível de ser avaliado simplesmente porque nunca está em condição de jogo? Jancarlos, a meu ver, consiste na superação de qualquer alucinação, fruto de ação capaz de causar inveja aos Napoleões mais resignados.

Seria bom que nossa diretoria não fizesse mais loucuras. Que se comportasse como um grupo de homens adultos e bem-sucedidos, capazes de negociar questões simples e importantes, como a paz entre diretoria e organizadas, pois, queiram aqueles que se consideram todo-poderosos ou não, a empolgação trazida por bandeiras, faixas e, principalmente bateria, faz muita falta para a torcida, a quem os nossos administradores preferem chamar de “clientes”. Hoje nosso estádio não se assemelha mais ao velho caldeirão. É difícil dizer, mas parece uma velha lata de goiabada, daquelas onde se esquenta marmita, onde a água nunca ferve e a comida azeda.

A meu ver, o compêndio de equívocos cometidos nos últimos meses é tão grande que seria necessário um tratado para enumerar e explicar todas as atitudes pouco compreensíveis tomadas por quem hoje dirige o Atlético.

No que concerne à diretoria, concordo com Paulo Roberto Oliveira – creio estar ausente em seu extenso vocabulário, eminentemente jurídico, a palavra HUMILDADE.



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