Vão para o Inferno
Eu já vaiei o Atlético. Já vaiei jogador e já vaiei técnico do clube. Mas aplaudir o time adversário quando ele faz gol, nunca.
Já disse isso, isso e aquilo pro Fabrício. Já disse isso, isso e aquilo pro Casemiro e já disse isso, isso e aquilo pro Edinho. Mas aplaudir o time adversário quando ele faz gol, nunca.
Já falei mal de mãe de jogador. Já falei mal de mãe de treinador e já falei mal de mãe de preparador físico. Mas aplaudir o time adversário quando ele faz gol, nunca.
Já comemorei gol do Paraná contra o Coxa. Já comemorei gol do Colorado contra o Pinheiros, já comemorei gol do Palmeiras contra o Vasco. Mas aplaudir o time adversário quando ele faz gol, nunca.
Ontem, parte da torcida foi ridícula ao aplaudir o Independiente no final do jogo e vibrar quando fizeram o último gol de pênalti. Foi uma amostra ranzinza que estamos cada vez mais parecidos com a turma do amendoín. Mais irritante ainda foi ouvir três rapazinhos que estavam sentados perto de mim, ali na Getúlio Vargas. Com suas espinhas na cara, seus telefones polifônicos, suas golas pólo engomadas e suas camisas caras de times italianos, aplaudiam efusivamente o Independiente dizendo que nunca mais iriam voltar no estádio. Que não voltem. Ou melhor, sigam o conselho que eu dei pra eles ontem mesmo: vão pro inferno.