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4 jun 2005 - 17h25

Atleticanismo

Passada a euforia que tomou conta da nação atleticana após a partida da última quarta-feira, nós, rubro-negros, tentamos lançar um olhar menos apaixonado e mais racional aos acontecidos, e principalmente, à situação atual do Atlético.

O jogo de quarta-feira não foi apenas uma demonstração inequívoca do Atleticanismo, um velho e conhecido gigante que resulta da soma entre raça em campo e apoio incondicional da massa mais apaixonada do Paraná; foi também a prova de que mesmo com uma equipe longe de ser compatível com a camisa do Furacão, o time não merece estar na última colocação no campeonato Brasileiro.

Pode ser que as mudanças do recém chegado Antônio Lopes tenham surtido efeito não apenas tático como moral no elenco no dia 1º de junho, assim como há a possibilidade de que a superação e a vontade dos atletas tenha sido o grande diferencial.

Entretanto, não podemos esquecer que o Atlético enfrentou a atual vedete do futebol brasileiro, completa e com direito à atuação do comemorado Robinho. Um time ‘globalmente’ considerado tão forte como o atual Santos certamente não seria abatido por um legítimo lanterna dentre 22 clubes nacionais, principalmente com este último atuando com 10 jogadores e sendo desfavorecido pelos três integrantes da arbitragem.

Ou seja, em qualquer das hipóteses o resultado é que o poder de reação da equipe foi posto à prova, e o que é melhor, ela passou com louvor. O Atlético de quarta-feira passada demonstrou que é capaz de se reerguer no campeonato nacional, e com as especulações de contratações não é exagero acreditar num rubro-negro lutando pelas vagas da Libertadores 2006.

Que os portões fechados do antiquado Major Antônio tragam ao Atlético os ventos de calma e equilíbrio que a equipe necessita para reverter a incômoda situação no certame nacional. E que após, o Atleticanismo, até então praticamente ausente em 2005, se faça presente mais e mais no Joaquim Américo, chutando a escanteio a impaciência e intranqüilidade que ultimamente pairam sobre o Água Verde quando o assunto é Campeonato Brasileiro.



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