Ai, minhas coronárias…
Confesso que estou preocupado. Passei os últimos dias ansioso, angustiado, sintomas que têm piorado a cada minuto. Minutos que demoram muito mais do que sessenta segundos para passar. Einsten estava certo, o tempo é relativo. E, nesses dias antes da grande final, o tempo resolveu não passar.
Se nós ganharemos? Tenho certeza. Absoluta? Não. O futebol não é absoluto, e, mesmo sabendo-se que nem sempre o melhor vence, também sabemos que só garra e amor não bastam. Nem sendo o melhor, tendo garra e amor.
Então minha preocupação é com a derrota? Não, pois como disse acima, tenho certeza de que o Atlético será campeão. Minha angústia é com a gozação dos torcedores verdes, caso eu esteja errado? Não, eles não têm base prá falar nada.
Não têm pois eles não sabem o que é disputar uma final de Libertadores da América. Só outros nove clubes do Brasil, além do Furacão, sabem o que é isso. Portanto, os nossos antigos rivais não podem medir a intensidade da tristeza que pesará no coração rubro-negro da maior torcida do Paraná em caso de adversidade. E nunca irão saber o tamanho da alegria que se espalhará por essa nação sofrida, judiada pelas humilhações, desmandos e menosprezo quando o juiz apitar o final do jogo e o Galvão anunciar: “O Atlético é campeão da Libertadores”!
E é isso que me angustia. Essa montanha-russa de emoções, essa descarga de adrenalina que a gente já está experimentando, 48h antes da emoção final. Eu tenho histórico familiar, meu colesterol está alto, já passei dos 30. Acho que vai ser difícil escapar dessa.