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15 jul 2005 - 12h39

Purgatório rubro-negro?

Perdermos uma grande chance, é verdade! O vibrante Atlético Paranaense esteve a noventa minutos da conquista do mais cobiçado título futebolístico das Américas. Os primeiros comentários certamente estarão girando em torno da penalidade máxima desperdiçada nos descontos do primeiro tempo, quando o São Paulo ganhava só por 1×0, resultado ainda precário para uma final de Libertadores. Ah, se aquela bola entrasse… Tudo poderia ser bem diferente!

Valentes foram, antes de tudo, os torcedores atleticanos que se deslocaram para o Beira-Rio e, uma semana depois, ao Morumbi (ou seria Morumtri?).

Ninguém esperava – reconheçamos – que o elenco tivesse tamanho desempenho e competência para chegar às finais da Copa Toyota. E arrojo e destemor – também devemos reconhecer – jamais faltou à nossa prestigiosa Diretoria de ontem e de hoje!

Somos daqueles tempos de arquibancada de tijolos e alambrado vergado, cancha irregular e esburacada, ginásio simplório ao fundo, fotos de galeria em preto-e-branco de jogadores que envergavam a camisa que tanto amamos, com as três letras entrelaçadas no peito – CAP!

Tinha lá meus dez, doze ou quinze anos de idade. Tempos de Sicupira (um ponto de referência), Rota (que fez freguês o tricolor paulista), Ziquita (o atacante certo nos momentos finais incertos), Washington e Assis (dupla inesquecível em mais de uma esquadra), cada um barbarizando a seu modo.

As bandeiras vermelho-pretas exalavam nostálgico odor de tinta fresca, empunhadas por idealistas e sonhadores de arquibancada não-tubular ou de concreto.

De concreto, aliás, somente a esperança e a lealdade às cores ainda metropolitanas, se tanto regionais.

Eis que, repentinamente, edificamos um estádio referência para o Brasil, país do futebol. Ganhamos legítima e indiscutivelmente o título de Campeões brasileiros, aparando nossas arestas com o comunidade coxa-branca. Depois, mais um honroso vice-campeonato brasileiro e, agora, queiram ou não, somos, sim, vice-campeões da Copa Libertadores da América, espaço ocupado por mais de seis lustros pelas mais tradicionais equipes brasileiras, argentinas e uruguaias.

É momento de reflexão. Como prioridade, devemos acreditar em nosso potencial – fator decisivo pelo adiamento do sonho em jogar em terras asiáticas.

Perdemos uma penalidade máxima, sim! Mas fora das quatro linhas. Não jogamos com o regulamento, que exigia capacidade superior àquela suportada pela Arena!

Que se conclua, então, o estádio da (Arena) da baixada!

Nosso Centro de Treinamento no Umbará também é digno de elogios. Lá estamos formando os Sicupiras, os Rotas, os Washingtons e os Assis do futuro, quem sabe do presente!

Temos parcerias maravilhosas, Kleberson que o diga!

Mas devemos ser menos açodados em negociar craques como Jadson e o artilheiro-mór Washington, coração de aço!

A Copa Toyota tem sido progressivamente rentável e lucrativa.

Perdemos uma grande chance, é verdade!

Mas nem por isso, o nosso atlético paranaense está no inferno por ter perdido a final da Copa Libertadores.

Digamos que está, por hora, no purgatório. Afinal, temos o desafio de nos manter na série “A” do brasileirão.

Parabéns a todos os atletas e profissionais que se dedicam diariamente por esse ideal. A nós, simples torcedores integrantes da nação rubro-negra, resta dizer: O Senhor é nosso pastor, e nada nos faltará! Amém!



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