Zagueiro de 20 anos estréia no Galo
Ele nasceu em Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto, e sonha em ganhar o mundo. Willian Lanes de Lima, de 20 anos, o zagueiro Lima, chegou ao Atlético Mineiro em fevereiro de 2004, procedente do Corinthians de Alagoas, e neste domingo terá a primeira grande chance da carreira: será titular ao lado de Leandro Castan, contra o Atlético Paranaense, no Mineirão, às 16h, pelo Campeonato Brasileiro.
Aquela ansiedade e o frio na barriga estão sob controle, depois da estréia, mesmo que por poucos minutos, diante do Cruzeiro, na última rodada. Portanto, a hora é de relaxar, concentrar e aproveitar uma oportunidade que pode ser rara de agora em diante, com a contratação do paraguaio Cáceres e de Rogério Corrêa, que deve se concretizar na próxima semana, sem falar na liberação de Henrique, que cumpre suspensão.
Há dois anos longe da casa dos pais, Lima está acostumado com a vida solitária de jogador de futebol. Mas a saudade é amenizada pelos amigos e pela força de vontade de, a cada dia, realizar o sonho de garoto, após cumprir a exigência da mãe de concluir o terceiro ano do ensino médio: Estou muito feliz. Encaro a oportunidade como um grande teste, minha grande chance de entrar e mostrar qualidades, dar uma resposta a todos que me apóiam e me apresentar para a torcida, que só me conhece do time júnior.
A concorrência, cada vez mais acirrada, na verdade só o estimula: Particularmente, encaro com tranqüilidade, porque isso acontece em todo time. Enfrento com naturalidade e só me dá mais força para continuar trabalhando sempre. Eles chegam porque o clube acha que precisa e cabe a mim treinar e provar no dia-a-dia a minha capacidade e que também tenho condições de jogar.
FUTURO – Com personalidade, Lima aposta alto e revela o que tem conversado com o amigo Leandro Castan: Falamos que é o momento de mostrar nosso futebol e potencial. Quem sabe, futuramente, não seremos a dupla de zaga do Atlético? Sonhamos muito com isso e ficamos felizes por essa chance favorável.
Sem receio, Lima acredita que ele e Leandro não decepcionaram o torcedor. E conta por que: Jogamos praticamente um ano e meio juntos no júnior. Só não disputamos um campeonato, no começo de abril do ano passado. Nós nos conhecemos bastante, conversamos muito para um ajudar o outro. E a amizade que temos fora de campo procuramos levar para a hora do jogo também. É uma vantagem que temos e que pode nos fortalecer mais.
O zagueiro, desde já, agradece o apoio da torcida, que sempre incentiva os pratas da casa: Fico contente pelo voto de confiança dos torcedores, por eles nos entenderem. É difícil encontrar palavras para descrever a torcida do Atlético e o quanto ela é importante para o clube e para o momento que vivemos. Trabalhamos sério durante a semana para ajustar os últimos detalhes e corrigir os erros. O Tite ainda não conversou particularmente com a gente, o que deve fazer na concentração. Por enquanto, limitou-se à parte tática. Mas todos ajudam. Danrlei, Ataliba e Walker procuram incentivar, conversam com a gente e nos dão liberdade até para cobrar deles, olhar o posicionamento, o que é bom porque evitamos as falhas.
Fonte: Portal UAI