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17 jul 2005 - 19h15

Todos vêem o Furacão!

O que era uma desgraça para mim, acabou se tornando em motivo de imenso orgulho: no meio da semana decisiva para meu clube do coração aparece um daqueles trabalhos inadiáveis em Brasília. Testemunha que fui, em São Caetano, da vitória atleticana, tinha a “camisa da sorte” daquele dia memorável guardada para ir ao Morumbi torcer pelo meu atlético. Acabei não podendo ir!

Para ficar um pouco pior ainda aparece um trabalho em Jundiaí (logo ali ao lado!), um dia antes do jogo. Eu passaria ali do lado e teria que ir embora.

Acabei indo de carro com um funcionário da empresa para a qual trabalho, coisa que nunca havia feito quando o destino era Brasília.

E aí a minha surpresa: em uma ponte em reparos da BR 101, na quarta-feira à noite, que obrigou a uma parada de três horas e meia o assunto no congestionamento era a torcida pelo atlético, de corintianos, palmeirenses, gaúchos, catarinenses, goianos e a voz dissonante de uns poucos são paulinos que tentavam justificar alguma glória de seu time naquele momento em que todos viam nas manobras de bastidores do São Paulo algo deplorável.

Jundiaí, idem, paradas de postos de gasolina na estrada, na quarta e quinta-feira, no Estado de São Paulo, Minas Gerais e Goiás também.

Se eu achava que podia estar triste por não ter ido ao jogo, imaginem a felicidade de me sentir “em casa” no Brasil inteiro, um Brasil Atleticano. Pessoas dos mais diversos sotaques e dos mais variados confins do Brasil falando bem de um time que aprendi a amar há 33 anos vendo jogos ainda na antiga baixada.

Não se iludam ou entristeçam aqueles que acham que o atlético perdeu o jogo. O atlético venceu o São Paulo na opinião do povo brasileiro. Jogamos limpo até o fim. Não trapaceamos para tentar tirar o jogo do estádio legítimo. Não criamos problemas para a torcida do São Paulo. Mesmo vice-campeões paramos para comemorar sem quebrar uma única loja ou destruir qualquer patrimônio alheio.

Sexta-feira em Brasília a manchete de um jornal estampava em foto de meia página não Rogério Ceni, mas a da torcida do São Paulo “comemorando” um título de maneira absolutamente incompreensível: com bombas e violência.

Em meu coração e no de muitos brasileiros, somos sim campeões!



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