1 ago 2005 - 19h41

Fernandinho: "Sempre pensei no Atlético"

O meia Fernandinho, um dos grandes destaques do Atlético nas duas últimas temporadas, transferiu-se para o Shakhtar Donetsk há duas semanas. Na bagagem, levou o sonho de disputar os próximos Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de 2010, além da expectativa de obter sua independência financeira. No último sábado, o jogador fez sua estréia com a camisa laranja do Shakhtar. Fernandinho entrou no lugar de Jadson, também revelado pelo Atlético, no segundo tempo da vitória de 1 a 0 sobre o Kryvbas, na abertura do Campeonato Ucraniano. Ainda não foi o Fernandinho do Atlético e da Seleção Brasileira Sub-20, mas deu indícios de que os dirigentes não erraram ao contratá-lo pelos valores mais altos já desembolsados pelo clube.

Em entrevista exclusiva ao site Furacao.com alguns dias após sua chegada na Ucrânia, Fernandinho revelou aquilo que a maioria dos torcedores já desconfiava: seu pré-contrato com o time europeu já estava assinado desde a sua participação no Campeonato Sul-Americano Sub-20, disputado em janeiro na Colômbia. Confira a primeira impressão que o meia teve ao chegar ao país e o que ele espera para a sua carreira durante os próximos anos:

Quando você foi comunicado pela diretoria do Atlético de que o negócio com o Shakhtar estava concluído?
Eu fui comunicado ainda no Sul-Americano Sub-20. Uma pessoa do Atlético levou o pré-contrato pra eu assinar (na Colômbia) e depois quando eu cheguei ao Brasil nós acertamos os detalhes e fechamos tudo.

Foi uma decisão da qual você participou ou foi apenas comunicado?
A diretoria definiu os detalhes e depois me passou para ver se eu concordava com a transferência.

Alguns torcedores o criticaram por suas atuações nas últimas partidas dizendo que você já estava com a "cabeça na Ucrânia". O que você tem a dizer sobre esses comentários?
Todos achavam isso, né? Mas enquanto eu estive no Atlético eu pensei em jogar pelo Atlético.

Se você tivesse a chance de jogar como titular contra o São Paulo na final da Libertadores o resultado poderia ter sido outro?
Não sei. No futebol não dá para saber se seria diferente. O mais importante é que nós mostramos que o time do Atlético era bom, coisa que nem todos achavam.

Sua saída do Atlético não foi precipitada? Esse foi o momento certo para uma transferência internacional?
Foi o momento certo, sim. Eu acho que a Ucrânia vai ser um bom mercado de trabalho porque aqui o planejamento é muito bom para o futuro.

Qual a sua primeira impressão ao chegar ao Shakhtar?
A primeira impressão foi muito boa. Antes de vir para cá, eu falei com o Ivan e ele me deu algumas dicas. O clube tem uma estrutura muito boa, um estádio bom e um centro de treinamento muito grande. Mas o CT do Caju não fica devendo em nada.

Você pensa em algum dia voltar para o Atlético?
Acho que agora não é hora de pensar em voltar.

Qual foi seu melhor momento com a camisa rubro-negra?
Eu acho que o meu melhor momento no Atlético foi no ano passado, no Campeonato Brasileiro (de 2004, em que o Atlético foi vice-campeão). Eu estava muito bem fisicamente e isso hoje em dia conta muito no futebol.

Com a sua saída, o Evandro assumiu o posto de titular do Atlético. Vocês dois jogaram juntos também nas categorias de base e na Seleção. Qual sua avaliação sobre ele?
Tanto como pessoa quanto como atleta, ele é acima da média. O Evandro vai dar muitas alegrias à torcida atleticana.

Na falta de bons laterais-direitas no Brasil, você não pensa que poderia ter grandes chances de jogar a Copa do Mundo 2006 se atuasse mais nesta posição?
Não há falta de jogadores nesta posição. Temos vários laterais muitos bons como o Cicinho, o Maicon e outros. O meu objetivo agora é ir para as Olimpíadas de 2008 e depois pensar em ir à Copa de 2010.

Qual a mensagem que você deixa para a torcida atleticana?
Eu só tenho que agradecer à torcida atleticana. Os torcedores vão estar sempre no meu coração e quem sabe um dia eu possa voltar a jogar na Baixada.



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