Atlético intensifica combate à pirataria
O Atlético tomou uma série de medidas para reduzir a pirataria aos seus produtos oficiais. Há dois meses, o clube contratou um escritório de advocacia do Rio Grande do Sul especializado em defesa de marcas e patentes e em direito concorrencial. Ao mesmo tempo, finalmente o Rubro-negro decidiu lançar uma linha "popular", com produtos mais baratos que os oficiais. Assim, ao lado da camisa oficial da Umbro, o Atlético passará a ter também camisas fabricadas por uma empresa paranaense, com desenho e qualidade diferentes, mas custando em torno de R$ 20.
A estratégia completa do clube foi divulgada em matéria desta terça-feira da Tribuna do Paraná e do Estado do Paraná de autoria do jornalista Rodrigo Sell. Leia abaixo a íntegra da reportagem, também publicada no portal Paraná-Online, parceiro da Furacao.com:
Reforço no combate à pirataria
por Rodrigo Sell, do Estado do ParanáO Atlético contratou uma firma especializada para combater o uso indevido de sua marca. Desde junho, um escritório de advocacia com sede em Porto Alegre (RS) fiscaliza estabelecimentos comerciais, distribuidoras e fabricantes de fundo de quintal à caça de produtos não-licenciados com símbolos oficiais do clube – os famosos piratas. A parceria já rendeu apreensões e processos contra os falsificadores.
O escritório, comandado pelo advogado Felipe Iser Meirelles, mantém a mesma ação antipirataria em conjunto com Grêmio, Figueirense, Avaí, Santos e Vasco da Gama, além de marcas como Umbro (fornecedora de material esportivo do Atlético), Mormaii e Drop Dead. A firma tem uma equipe de investigação que age em pontos de venda de comércio formal e informal e coleta provas como fotografias e exemplares adquiridos. Os dados amparam medidas cautelares de busca e apreensão – que permitem o recolhimento do material – ou queixas na Polícia Civil por crime contra a Lei de Propriedade Industrial, que prevê detenção ou multa para os envolvidos na falsificação.
O contrato entre o Atlético e o escritório, que tem duração de um ano, já rendeu apreensões em uma fábrica de São José dos Pinhais. Um oficial de Justiça reteve 596 tranfers – estampas usadas na produção de camisetas – com a marca do Furacão, além de peças prontas, como calções e camisetas de vários tamanhos. Também foram encontradas 209 mangas rubro-negras e 54 mangas pretas para serem montadas em camisetas. O vice-campeonato da Libertadores aumentou muito a falsificação de produtos com a logomarca do Atlético, disse o advogado.
Meirelles explica que, além dos revendedores, há especial atenção aos fabricantes clandestinos, normalmente baseados em cidades do interior. Para detectá-los é necessário um trabalho a longo prazo. Cerca de 80% dos produtos disponíveis no mercado são ilegais, estima.
Atendendo o torcedor popular
Paralelamente ao combate à pirataria, o Atlético prepara o lançamento de uma linha de produtos populares. Dentro de 15 dias, o clube põe no mercado camisas alternativas, a um preço bem mais acessível para o torcedor.
Os produtos serão produzidos por uma confecção paranaense. A Umbro, fornecedora de material esportivo do Rubro-Negro, tem uma segunda linha de peças de vestuário, mas o próprio Atlético considera os preços salgados – nas lojas oficiais, o produto mais barato para adultos é a camisa pólo com o símbolo do clube, que sai por R$ 45. Queremos atingir aquele torcedor que se dispõe a pagar R$ 20 por uma camisa pirata, diz o diretor de marketing do Atlético, Mauro Holzmann.
O dirigente lembra que as novas peças terão desenho e tecido diferentes da vestimenta oficial do clube, para que não haja concorrência com o material da fabricante inglesa. A linha popular será vendida por ambulantes autorizados pela Prefeitura e lojas populares.