No terreno, um museu
Está na hora de começar a guardar nossa memória e vejo na construção de um museu do atlético, ao lado da arena, uma oportunidade única para tanto. Não nego, e nem poderia, a importância de um ginásio, um hotel ou qualquer outra edificação pensada e imaginada por meus concidadãos rubro-negros.
A nossa geração viu a arena brotar de um chão regado por muitas de nossas lágrimas em campeonatos anteriores. Quem viu a baixada antiga e agora vive os momentos da nova baixada tem impresso na alma o sofrimento que foi fazer o atlético chegar àquela inauguração, com o estádio “falando” na primeira pessoa para levar muitos de nós, atleticanos lá presentes, a emoções inesquecíveis.
Mas o que me preocupa é essa nova geração que não trará toda essa história em sua alma. Tenho certeza de que precisamos pensar em como perpetuar todos esses momentos para as futuras gerações para que elas ao entrarem na arena lembrem e saibam como foi o sacrifício entre 1924 e 2005.
Dias atrás pedi a meu filho de 10 anos se ele lembrava de algo da construção da arena, e ele disse “ô pai, eu era muito pequeno!”. Pensei que eu e meu filho, apesar de irmos juntos ao estádio, torcermos juntos, não temos as mesmas lembranças. Talvez a arena para mim seja uma…e para ele outra.
Daí porque peço que considerem a possibilidade de manter viva a lembrança de toda essa história e aí incluo a dos times que deram origem ao nosso rubro-negro, para que o atlético eterno tenha seu cantinho na arena, e nesse cantinho, sim, se eternize para todos aqueles que quiserem ir lá e deixar mais algumas lágrimas lembrando da inauguração da primeira fase da baixada. Podiam até colocar as filmagens da inauguração! Seria “demais”!
Poderiam usar a idéia do Museu Olímpico de Lausanne, com sua dinâmica, para tentar imaginar algo semelhante para o atlético.
Essa é minha idéia sobre o que fazer com o terreno.
Não esqueçam uma estátua do Sicupira…logo na entrada!