Isso é só o começo…
Alguns dias atrás, aqui neste espaço, escrevi sobre uma festa que todos os atleticanos tinham que fazer, era uma questão de honra. Justiça seja feita, fizemos um espetáculo maravilhoso, inesquecível. Lotamos a Arena, vimos um lindo mosaico, até então inédito nos estádios do Brasil; vimos um golaço do Jean Carlos, que driblou meio mundo, esperou o Rogério Ceni cair e depois tocou de levinho para o fundo das redes. Pudemos admirar mais uma vez a raça do Marcão, dá orgulho de ter um capitão como esse. E devolvemos os quatro gols que sofremos no Morumbi…
Temos um time tecnicamente limitado, porém, temos verdadeiros guerreiros que merecem vestir a camisa rubro-negra. A torcida entendeu isso, e fez a sua parte.
Como é doce o gosto da vingança. Ah! São Paulo, esconde a taça, guarda as faixas de campeão, pois a sua conquista estará eternamente maculada pelo vosso notório pavor de jogar no Caldeirão.
Ah! Senhor Márcio Bittencourt, engole a sua língua. Pois foi você que bravateou no programa Cartão Verde “nós não vamos perder lá, nós combinamos”. Conte-nos quão assustadores foram os seus pesadelos, a ponto de justificarem as mais arcaicas práticas nos bastidores, para garantir que aquela final não fosse realizado na Arena.
Tem mais. Lembram-se daquele jogo nas quartas-de-final do Brasileirão de 2001? Recordam-se que a imprensa paulista teimou em execrar o Cocito por ele ter tirado de campo o então “dodóizinho” do São Paulo, o Cacá. Pois e agora? O que a imprensa paulista vai falar desse sujeito desleal, sujo e violento chamado Alex? Que mandou o Fabrício direto para o Hospital do Cajuru com uma lesão no ligamento do joelho.
E o senhor Paulo Autuori, sua expressão estava muito diferente daquela postura arrogante com que desdenhava a imprensa paranaense em suas entrevistas naquele dia no Morumbi.
E o lateral-esquerda Júnior, deve estar repensando as suas palavras, pois disse que a final da Libertadores teria sido “de gala” se o São Paulo tivesse enfrentado o Santos.
Para encerrar, deixo um recado para todos aqueles que fazem parte das velhas estruturas, tão nefastas para o futebol brasileiro: Isso é só o começo…
P.S.: Após o término do jogo, enquanto ia buscar o carro no estacionamento, um atleticano me pára e diz: “Ei, você tava na fila do ingresso para aquele jogo contra o São Caetano, ano passado”. E eu tava mesmo, o cara lembrou de mim. Tem coisas que só o futebol proporciona.