Sinceramente, eu tenho pena
Sinceramente, eu tenho pena. Caia ou não caia, tenho pena da coxarada. E antes que me apontem dedos de acusação e vociferem impropérios a meu respeito, adianto: tenho pena dos torcedores, porque carregam a triste sina de ser o que são.
Vamos nos colocar na situação deles. Um time de inegáveis glórias no passado, gerido por incompetentes que falam muito e nada fazem, acabou. Sim, acabou. Pode ressurgir das cinzas, tal qual a Fênix legendária, mas do jeito que vai, duvido.
E os infelizes torcedores coxas-brancas serão obrigados a conviver com isso para o resto de suas vidas, pobres diabos. Serão para sempre órfãos de um bonito passado aprisionados em um presente e um futuro negros. Solução? Como paranaense de sangue e alma, atleticano de berço, proponho que “anexemos” a órfã torcida coxa branca.
Isso mesmo! Quando o arremedo de time deles finalmente dobrar o cabo da boa esperança, que tal convidarmos todos os torcedores para juntarem-se a nós e tornarem-se atleticanos? Seria simples. No lugar do muro, construiríamos uma “geralzona” para umas dez mil pessoas (se sobrar lugar podemos convidar também os botequeiros do Pinga-Mijo) e chamaríamos o local de “purgatório”.
Depois de alguns anos ali, já devidamente purificados, eles poderiam começar a frequentar os lugares da nossa torcida e, quem sabe, até adquirir uma camisa rubro-negra para reaprenderem como se é feliz. Assim poderíamos aumentar um pouquinho a nossa torcida e, de quebra, salvar algumas pobres almas. Que tal?