A verdadeira vítima
É impressionante como o futebol brasileiro é injusto e completamente parcial! Todas essas notícias vinculadas ao funcionário Aloísio (pode não parecer mas ele foi contratado pelo CAP) e ao seu clube bambi amado do coração, apenas demonstram como nesse país tudo tem dois pesos e duas medidas.
Aloísio possui contrato conosco até o final do ano, não encontra-se trabalhando, não justificou seu afastamento e ainda acha que tem razão. Nada mais justo que ele queira sair, mas por que não arca com o ônus do seu desligamento? Quer tudo de mão beijada, como se não bastasse o cube ter lhe estendido a mão e ter suportado todas as suas contusões. E o pior de tudo, fazer toda essa choradeira pra jogar no São Paulo? Assim não dá!
Eu estava aqui imaginando o que aconteceria se o Atlético ousasse descumprir qualquer cláusula contratual de qualquer transação futebolística. Tenho certeza que o departamento jurídico do clube estaria com a maior dor de cabeça.
Nos colocariam na berlinda, perderíamos pontos, falariam mal da política do nosso Presidente, interditariam nossa Arena, e o Milton Neves teria pelo menos uns 5 blocos do seu programa para tentar denegrir a nossa imagem. Mas como é o São Paulo…
As coisas mudam de figura: podem raptar atleta, fazer lavagem cerebral, descumprir contrato, ignorar a lei, etc. É no mínimo esquisito, até jogador já morreu no campo deles e nenhuma atitude foi tomada. Sem falar no episódio do 1º jogo da Libertadores, o qual prefiro nem comentar (ainda tenho pesadelos!).
Mas no presente caso (pelo menos dessa vez!), não entendo que sejamos vítimas. A vítima é o próprio Aloísio, vítima de sua falta de inteligência, vítima da sua ganância, da sua falta de humildade e principalmente da sua ingratidão. Ele provou que não é merecedor da nossa torcida e não entendeu o quanto é sagrada a nossa camisa.
Ética, envergadura moral, lealdade, amor, são palavras que não fazem parte do vocabulário de muitos jogadores, mas em nossa história já tivemos ícones verdadeiros, que honraram a nossa camisa, que encerraram suas carreiras aqui e muitos que ainda desejam voltar, e são esses exemplos que manterão viva a nossa história!
Deixo aqui o meu desabafo, mas também minha homenagem e gratidão aos jogadores que amaram nossa camisa e que de certa forma sempre estarão ligados ao nosso Furacão: Sicupira, Caju, Zanetti, Jackson, Guará, Cireno, Peres, Nilson Santos, Bellini, Djalma Santos, e tantos outros, e na história recente o nosso Marcão, aquele que quer ser lembrado como o Marcão do Atlético!