Chega de ser vice!
O torcedor que veste a sua camisa em casa lembrando das vitórias, com saudade de entrar na Arena, com vontade de cantar, de gritar gol, de chorar de emoção e felicidade pelo Atlético, vai para o estádio cantando baixinho enquanto dirige, gasta seu dinheirinho suado para ver um jogo contra um time que no segundo semestre nem tem calendário, tem mais é que reclamar mesmo. A mística da torcida atleticana de apoiar sempre, sem parar, é maravilhosa e indiscutível. Até torcedores do nosso maior rival confessam que a torcida do Atlético é “um saco, não param nunca de cantar”.
Mas é inaceitável não ganhar em casa de times como J.Malucelli, Iraty, ADAP e Volta Redonda. A impressão que fica é que a torcida do Atlético evoluiu, agora é torcida de time grande, que não se contenta mais com campanhas apenas “dignas”. A torcida do Atlético quer ver o time campeão de tudo. O que fica parecendo é que os jogadores do Furacão ainda não tem essa mentalidade. Ainda tratam do Atlético como um time emergente, um time que luta para se firmar no cenário nacional. Desculpa mas não tem mais como não vaiar.
Em 2004 o time era muito bom mas foi vice-campeão. Deixou o Grêmio, que estava quase rebaixado, empatar um jogo que ganhava por 3×0. Perdeu para o medíocre time do Vasco, na penúltima rodada, jogando fora o título. No final a torcida aplaudiu o time e gritou com orgulho “Libertadores!”. Muito pouco na minha opinião. Coisa de time pequeno.
Em 2005 reclamamos porque não a final não poderia ser na Arena. A diretoria numa jogada bem populista fingiu que acreditava que aquela arquibancada tubular fosse ser utilizada na final. Bobagem. Na finalíssima uma humilhante derrota por 4×0. De novo a torcida ficou contente.
Chega de comemorar o estádio mais moderno, o CT mais equipado, os melhores contratos, as melhores jogadas de marketing. Chega de aplaudir vice-campeonatos. Enquanto isso acontecer, os jogadores que passarem por aqui vão achar que no Atlético ser vice é bom. E eu quero mais é gritar “É CAMPEÃO!”.