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10 maio 2006 - 13h29

E no próximo, sem Skol!

Hoje, de cabeça mais fria, dá para analisar o que realmente foi a última partida, contra o Inter.

Estive lendo o que já foi escrito neste site sobre o assunto, e concordo com muitos pontos. Realmente, mesmo com o time misto, ou reserva, o Internacional tem um grande padrão de jogo, e coragem que falta aos jogadores atleticanos. Aliás, pra limpar um pouco a barra do nosso time, há que se lembrar que nós perdemos até agora dos três líderes do campeonato, teoricamente, daqui pra frente o caminho é mais fácil. Talvez isso faça diferença, lá em novembro.

Coletivamente falta coragem, padrão de jogo, posicionamento. O Sr. Givanildo que me desculpe, mas esses atributos não são encontrados apenas em um time de craques. Cabeças de bagre bem treinados sabem se postar em campo, dar dois ou três toques na intermediária, buscar as laterais. Podem não fazer isso bem, mas fazem. Já o Atlético, domingo, me fez perguntar se a proibição das filmagens no CT não é apenas porque não há treinos, coletivos, nem rachão. Nossa zaga estava completamente desnorteada.

Paulo André, apesar de fraco, não decepcionou tanto na parte técnica, e manteve a garra. A falta cometida no pênalti que não foi poderia ter acontecido mais longe da área, se ele estivesse melhor posicionado, mas valeu a tentativa. Danilo foi um pouco melhor. Embora sua atitude após o gol só seria perdoada como desabafo, e ainda assim apenas depois que ele reconhecesse o erro e se desculpasse.

Sorte nossa que o Cléber é um excelente goleiro, foram pelo menos três defesas espetaculares. Além da sorte, naquela bola chutada prá fora, com o gol aberto. Já nossos laterais foram inúteis. Vamos debitar a atuação do Ivan como falta de ritmo, até porque houve uma pequena melhora no segundo tempo. Mas Jancarlos simplesmente não jogou “nada”. Não defendeu, não atacou, não segurou a bola quando era preciso, não acertava passes ou cruzamentos. Que saudades do Alberto. Confesso que não acompanho tanto o futebol de outros times para sugerir algum nome (isso é trabalho para quem entende, como nosso Diretor de Futebol, hahaha), mas será que o Arce, com 102 anos, não gostaria de jogar por aqui? Na verdade, um cone na lateral direita já seria lucro.

Mas o grande problema do time é o meio-campo. Se a bola não chega no Pedro Oldoni (não fez nada porque não pôde) ou no Herrera (gostei da estréia, mostrou vontade) e, se o Dagoberto tem que voltar pra buscar a bola, o que dá uns 10 ou 12 metros a mais pra ele tomar pancada, nós só vamos fazer gol com “jogadas ensaiadas”, como aquele escanteio. Ferreira teve lampejos de brilhantismo, principalmente no comecinho do jogo, mas depois esqueceu o que tinha de fazer ali. Já o Evandro, coitado, sequer merece comentários. Em qualquer time sério, uma atuação daquelas é motivo pra banco por insuficiência técnica. O Fabrício clareou um pouco as coisas, mas não dá pra ser considerado solução. Um volante que consiga dar passes de mais de três metros, e um armador de boa qualidade, na minha opinião, resolveriam 70% dos problemas.

Voltando um pouco ao Dagoberto: que não se acuse mais o garoto de má vontade. Alguém que, voltando de lesão, ainda fora de forma, é o melhor do time (junto com o Cléber), mesmo apanhando daquele jeito, e até ouvindo do juiz sem ter culpa, é alguém que gosta de jogar no Atlético. Minhas palmas para você, Dagoberto, e saiba que, quando você se cansar de apanhar e for para a Europa, não serei eu quem te chamará de mercenário. Vai ser simples questão de sobrevivência.

O texto já está longo, mas eu ainda quero falar um pouquinho da arbitragem. O bandeira errou e interferiu no resultado do jogo (o primeiro gol do Inter foi em impedimento). O juiz errou e interferiu no resultado do jogo (o pênalti não marcado no Dagoberto). E a nossa querida bandeira, que me fez lembrar do primeiro sucesso do Gabriel, o Pensador, errou e interferiu no resultado do jogo. Então, pode-se considerar que o trio de arbitragem é, no mínimo, inepto. Isso para não se falar em má intenção, favorecimento, compensação pelo último campeonato, etc.

Finalizando, espero que o Atlético “treine” essa semana, que vá para o Recife e “jogue futebol” domingo, independente do resultado. Que o Sr. Givanildo aproveite a carona de ida, e que nosso Diretor de Futebol (hahaha) já esteja em conversações com um técnico capaz e com reforços necessários. E espero também que nós, torcedores, tenhamos ânimo e estômago para a nova cerveja oficial da Kyocera Arena no próximo dia 20, contra o Goiás.



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