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25 maio 2006 - 13h49

Em busca da paixão perdida

Amanhã é outro dia! Amanhã é um novo e belo dia! Com essas sugestivas e consagradas frases, caracterizo toda a minha esperança em testemunhar melhores dias de nosso querido Furacão. Pois bem: que o próximo ano seja, realmente, um grande ano. Que ano? 2007? Não, pois, para nossa sorte, 2006 foi dividido em dois: o pré e o pós Copa do Mundo. Assim, ainda nos resta uma tênue esperança nesse “providencial” mês de paralização.

Digo isso, porque todas as evidências me levam a crer que a administração do Clube Atlético Paranaense (tão elogiada e respeitada por mim) esteja empurrando com a barriga o plano do futebol de um “clube pujante”, mas que virou, acima de tudo, um “grande negócio”. Ninguém mais do que os dirigentes do Atlético torcem pelo seu sucesso. Isso é óbvio, porque eles sabem que o time foi deixado à deriva … há meses.

Eu também estive calado há meses, pois preferi esperar o desenrolar dos acontecimentos para novamente ocupar um espaço na Furacão.com, a quem parabenizo pela riqueza de seu conteúdo e natural sucesso alcançado. Preferi permanecer distante de tantos disparos de torcedores furiosos e, muitas vezes, desesperados por não acreditarem mais naquela famosa luzinha, no final de um estreito túnel.

Como grande admirador do “Clube do Século XXI” e crítico de parte da nossa fanática torcida, rendo-me a opinião da grande maioria das pessoas que somente querem o bem do nosso rubro-negro. Mais do que isso, todos os “verdadeiros atleticanos” querem compreender o que está acontecendo com o nosso Furacão, principalmente fora das quatro linhas, pois o comportamento desequilibrado dos jogadores, dentro de campo, é apenas um reflexo de perceptíveis desajustes daqueles que detêm o seu comando.

Acho que algo está confuso, no CT do Caju e arredores de nossos redutos. Independente de influências negativas vindas de fora, o “conjunto da obra” do Clube Atlético Paranaense deve ser revisto “com urgência”, para que os seus mais nobres propósitos não sejam prejudicados.

Temos que continuar acreditando na solidificação do CAP como um dos maiores clubes do Brasil, das Américas, etc, assim como continuar torcendo por um melhor desempenho do time. O momento obriga-nos, porém, a exigir de nossos “grandes comandantes” explicações mais claras, coerentes e convincentes, do que realmente está acontecendo por trás dessa “fase negra”, que tanto aborrece a nação atleticana, chegando ao ponto de afastá-la da sua própria casa, transformando o maior patrimônio do clube (a sua fiel e entusiasta torcida) em seres humanos cada vez mais desconfiados dos “verdadeiros propósitos” de sua administração.

Afinal, o Atlético dos Paranaenses sempre pertenceu, unica e tão somente, ao torcedor atleticano. Espero, de coração, que isto continue sendo reconhecido, e que, a partir de 2007, as coisas entrem definitivamente nos eixos. Que prevaleçam, acima de tudo, as “boas intenções” e um grande espírito de equipe e união, em todos os setores do clube.

Caso contrário, de nada adiantará as lamentações por gols perdidos (após algumas boas jogadas, de seus desorientados jogadores) e resultados adversos, onde quase fizemos um gol, ou quase ganhamos ou empatamos um jogo, como foi o caso na partida de ontem, em São Caetano do Sul (1×2).

Em última análise, a medida da “grandeza” de um clube de futebol sempre dependerá do incondicional apoio de sua torcida. Por isso, faço um apelo aos nobres dirigentes atleticanos (?): resgatem a confiança da grande nação atleticana … pelos atletas que já não vestem a camisa rubro-negra por amor.



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