Quem é o culpado?
Os goleiros, apesar de terem um conceito favorável, estão falhando bastante neste ano.
Jancarlos, ser considerado um dos principais laterais de qualidade (visão nacional), não fez uma boa partida sequer neste ano. Os da esquerda, Ivan, que foi muito bem em 2004 e Michel, um melhores em 2005, não corresponderam em nada. Eles sequer conseguem dar um dible perfeito e estão muito mal no quesito passe certo.
Os zagueiros, Danilo, muito bem na Libertadores, e Paulo André, com status de seleção, estão lentos e leves na marcação, Alex, é o Igor de antigamente, talvez até pior. Tem muito a aprender. Estes zagueiros não sabem marcar, não tem força e nem velocidade com atacantes adversários, e nao têm senso de colocação.
Os volantes, Alan, considerado o xodó da torcida, discípulo do Cocito, não tem mais senso de marcação, não tem mais velocidade, e não consegue dar um passe perfeito a 10 metros. Erandir, é só força e pouco futebol.
Os meias Fabrício, referência do time na Libertadores, fez parte da seleção dos melhores da Libertadores em 2005, não consegue carregar a bola por 10 metros, não tem mais a visão de jogo demonstrado no início de 2005, não tem mais nem força para um chute. Evandro e Ferreira, um, menino de ouro, garoto referência das seleções brasileiras sub 17 e sub 20, craque com muita habilidade e conciência de jogo, era visto como uma grande promessa em 2005, e Ferreira, um melhores do time no brasileiro do ano passado, demonstrou muita habilidade, velocidade e garra. Estes meias não conseguem dar seqüência a um contra ataque, não conseguem mais carregar uma bola, pois falta habilidade e velocidade, não sabem mais passar a bola.
O atacante Denis Marques, substituto de Dagoberto em 2004, era temido pelas defesas adversárias pela sua força, qualidade nos dibles, precisão nos passes, chutes fortes, hoje não consegue dominar uma bola, pois ela bate em suas canelas, não consegue dar um chute em gol, pois falta-lhe pontaria. O Dago, dispensa comentários do passado. No ano passado ao retornar após um ano parado, em curto prazo recuperou sua exuberante qualidade, e hoje, apesar de estar retornando de cirurgia de menisco, não tem mais arranque, velocidade e nem consegue mais dar um passe perfeito. Demonstra falta de vontade. Os outros atacantes, exceção ao Pedro Oldoni, que pode ser referência futura, não inspiram confiança.
O técnico, figura chave em uma equipe de futebol, tem a função de dar qualidade coletiva a um grupo. Em 2005, tivemos o Lopes e o Evaristo, que qualificaram o time fazendo-o chegar a final da Libertadores e ficar entre os 6 primeiros no brasileiro. O Givanildo, que tem um passado exemplar como jogador e como técnico, não consegue criar um sistema qualitativo de jogo para o Atlético, erra na escalação, erra nas substituições, erra nas instruções, enfim, não tem um time consistente neste campeonato.
O preparo físico dos jogadores nos anos anteriores, principalmente na arrancada da Libertadores e do Brasileiro foi o ponto forte do time. Neste ano, está péssimo. O time perde a velocidade no segundo tempo, não suportam mais jogar uma partida inteira com o mesmo pique de início de jogo.
A diretoria, representada pelo sr. Mario Celso Petraglia, grande nome da revolução atleticana, forte a nível nacional, temido e odiado nos grandes centros do futebol, ainda não é um vitorioso no Atlético, pois seu único grande título foi o brasileiro da segunda divisão. Em dois momentos como dirigente errou na tomada de decisão, que acarretou a perda de 2 títulos nacionais totalmente favoráveis ao Atlético, em 2002, ao demitir, ou permitir a saída de Geninho, e em 2005 ao não demitir Levir Culpi do comando.
Portanto, quem seria o responsável, ou responsáveis pela baixa qualidade da equipe? É um momento de reflexão, todos deveriam estar empenhados em resolver este gravíssimo problema.
A diretoria deveria baixar a bola, tornar-se mais humilde, rever seus conceitos de domínio do clube. Os jogadores, dedicar-se mais a causa a que foram colocados para defender. Preparadores físicos competentes, fazendo o trivial para a preparação física dos atletas, não inventar métodos “científicos”.
Deveríamos ter um técnico de alto nível nacional, onde imponha obrigações e gere resultados consistentes na armação da equipe. Coincidência ou não, os melhores momentos do Atlético a nível nacional e internacional foram com Geninho, Evaristo, Levir Culpi e Lopes, todos qualificados nacionalmente. Com técnico não dá para inventar.