Eu estava lá
Começo de jogo, aquela aflição, qualquer passe errado é o fim do campeonato, por horas xinga-se o juiz, em outras os jogadores, os dirigentes e o técnico sempre. Vamos pegando confiança, nos entusiasmando, mas nada da bola entrar, e como existe a máxima: “quem não faz, leva” a iminência do gol adversário não dos deixava torcer como de costume.
Rostos apreensivos, o grito de gol entalado, guardado, massacrado e nada. No decorrer do jogo, parecia-nos que era apenas questão de minutos, coisa pouca e a vitória viria, mas novos passes errados e a vontade de mandar todos embora: dirigente, técnico e todos os jogadores, o Bolinha deixaríamos!
Mas ao deixar de lado a sede de gol, pode-se perceber que aqueles jogadores realmente queriam mostrar para a torcida que eles ainda estavam ali, querendo realmente jogar e mostrar-nos que ainda mereciam nosso torcer e vibrar. Que sensação boa, pois no decorrer da semana, tinha-se a impressão que eles, ao assumirem a culpa das derrotas, estavam eximindo o técnico e jogando a toalha. Mas não, algumas bolas pensadas
perdidas eram salvas, jogadas que pareciam não dar em nada, quase libertaram nosso grito de gol. Então pudemos perceber que aqueles jogadores não estavam apenas usando uniforme mas, sim vestindo a camisa do Atlético.
E o melhor fizeram sozinhos porque eles estavam envergonhados, ou seja, não precisam do técnico que “de mentirinha” tinham. Quanto ao gol, impedido ou não foi merecido pelos tantos outros perdidos. Nosso grito de gol não demorou tanto a sair, apenas uns 93 minutos…