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3 jul 2006 - 14h45

A triste sina de chapeuzinho vermelho

Mesmo na minha infância, nunca fui adepto de histórias em quadrinhos, infantis, etc. Mas ao final de nossa desastrosa caminhada rumo ao hexa, percebi que o povo alemão (e o mundo todo) presenciou “duas” historinhas numa só, protagonizadas por notabilíssimos dirigentes e estelares atletas brasileiros.

Vejam só: quando há um esquema de jogo definido, para uma seleção brasileira de futebol, e o mesmo é colocado em prática, supõem-se que existem jogadores capazes de desempenhar suas funções em campo, com desenvoltura e muita determinação.

Pois bem, ao final de nossa triste jornada em território europeu, pobre em beleza e emoções, perguntei-me: qual foi o sistema adotado e qual a representação (participação) de nossos atletas em sua configuração?

Percebi, então, que as velhas historinhas infantis não eram (e não são) tão fantasiosas assim, não. Afinal, a nossa “seleção” mostrou um pouco da cara de nosso país, pois, apesar de contar com uma valente retaguarda, que defendeu, defendeu e tanto nos defendeu, acabou “viajando” na maionese, terminando a sua desgraciosa encenação num esquema tático do tipo 2-7-1.

Piada? Pode ser! Mas não sei o que é pior: agüentar aquele infrutífero e irritante toquezinho de bola, bem ao estilo de técnico(s) de seleções do oriente médio, América Central ou de países europeus sem tradição no futebol, ou ter que suportar “uma constelação de estrelas” desorientadas num tempo e espaço que sempre foram por ela dominados.

Oras! Acabamos jogando com apenas 2 (dois) defensores de nosso desguarnecido território, tendo ao meio de seu campo 7 (sete) anões, perdidos, desorientados e sem vontade de agir em benefício do grupo. E a branca-de-neve sumiu na fechada floresta inimiga – 1 (um).

Tudo isso, sob os passivos olhares e suave bocejar de nosso “novo” lobo (mau), que, há algum tempo, já havia substituído uma folclórica (e ultrapassada) vovozinha, que não é tão mau assim, mas que gosta muito de lobo, além de “cantar de galo”, mesmo que já esteja sem forças para tal.

Poderia incluir o pinóquio, os três porquinhos, etc, nessa historinha, mas prefiro sugerir um pouco mais de paciência a um personagem que foi sacrificado em toda essa história, e que poderia, pelo menos, levar um pouco mais de alegria e “carga elétrica” a todo esse conjunto artístico, sem graça e sem vergonha na cara: “calma, Chapeuzinho Vermelho! Quando, finalmente, os lobos (o bicho e a vovó) se forem, talvez ainda sobre um tempinho para você pedalar um pouco. Fica frio!”

A propósito: a França jogou com a cara do Zidane, para a alegria do seu técnico. O Brasil jogou com a cara do nosso técnico, para a alegria do Zidane. Espero que o Clube Atlético dos Paranaenses mostre a sua “verdadeira cara”, para a alegria da grande nação atleticana.

Moral da história: “pela primeira vez na história, não somente um, mas dois lobos, fizeram pouco caso de chapeuzinho vermelho … que teve que engolir a ambos de uma só vez. Que missão indigesta!”



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