Lima’s e Aloísio’s
Desde que me conheço por gente, torço pelo Rubro-Negro, que é parte importante da minha vida, meu primeiro porre foi na comemoração do Campeonato Paranaense de 1.982; fiquei tão trêbado que chamava o técnico Geraldino de “Geraldinho”, “estado de torrefação e moagem” justificado, pois, naquela época, conquistar o campeonato paranaense era o máximo das conquistas, perder para times como Flamengo ou Corinthians de pouco já era motivo de festa.
O tempo passa, o tempo voa, e a poupança daquele banco já não existe mais, Jogadores surgem, acontecem, aparecem e se vão, mas o Furacão, aquele do “Geraldinho”, esse fica. E o que fica também, é o respeito por esta instituição chamada “Clube Atlético Paranaense”.
Como diria Roberto Carlos (o cantor) foram tantas emoções, ídolos, jogos de pura adrenalina e paixão, mas acima de tudo, respeito. Respeito de pessoas que muitas vezes eu excomunguei por terem passado pelo lado de lá de um time que existiu aqui na cidade na era pré-glacial, mas que me surpreenderam e demonstrando carinho, respeito e admiração pelo “El Paranaense”, sujeitos tipo Warley, Marcão e Lima; o primeiro, cria deles foi renegado, se fez craque com a camisa rubro negra, se aventurou pelo mundo, e sempre respeitou o Furacão. O segundo, outra cria de lá, foi o símbolo da garra atleticana. Quando se fala de raça, de determinação nos programas esportivos mundo afora, se fala do “Marcão do Atlético Paranaense”, e o terceiro, ah., quantas vezes eu xinguei esse cara… Só que ele, apesar do jeitão desengonçado de levar a bola, acabou por se tornar em uma figura carismática, e nos levou a uma final de Libertadores; e dias atrás conquistou de vez minha admiração, jogando pelo botafogo, não comemorou os gols feitos contra nosso time. Declarando abertamente e a quatro ventos que não comemorou em respeito a esta torcida que tanto o amou. Isso contando comigo e mais uns (muitos) que o xingavam e mandavam de volta pra lá. Ah, Lima, me desculpe, fui injusto contigo. Hoje grito: LIMA SELEÇÂO.
Ah, se todos fossem assim, Warley’s, Marcão’s e Lima’s, tudo seria bom. Mas às vezes lembro de elementos (assim devemos chamar bandidos) que não tiveram a mesma atitude, caras como Tuta, o filho da… mãe, que se demonstrou um mercenário de mão cheia, joga aqui e ali, beija camisas de times arqui-rivais de um dia pro outro. E assim vai se queimando até parar num falido time resgatado da terceira divisão. Caras como Aloísio Chulapa (que não chega nem aos pés do verdadeiro Chulapa, o Serginho) que declara amor incondicional ao nosso maior rival na atualidade, abandonando aqueles que o buscaram de onde o negócio tava “russo”; e nem ao menos foi homem de vir jogar aqui inventando uma contusão. Aloísio, seja homem.
Agora é a tua vez, Dagoberto. Decida-se, você pode entrar no time do Lima ou do Aloísio.