Fazia bastante tempo que não via um jogo do Atlético, na Arena. Desde que voltei a morar em Recife, tenho uma enorme dificuldade para acompanhar o furacão. Primeiro porque a janela lá de casa não tem mais a visão da Rua Tenente Max Wolf, onde se podia ver o estádio Joaquim Américo, ao fundo. Segundo porque as televisões abertas e até as fechadas não disponibilizam os jogos das equipes do sul do País, para Recife. Tão somente do Corinthians ou do Flamengo.

Assim, quando, finalmente, pude ver, pela TV, um jogo do Atlético, e aquela arena, maravilhosamente tomada por sua belíssima torcida, me postei em frente ao televisor, para matar as saudades. E, foi comovente. Ver aquele entusiasmo e o mar de gente, lotando cada canto do estádio. As cadeiras superiores, do lado da entrada principal (da praça), com torcedores com placas que desenhavam uma enorme bandeira do Brasil (afinal, o Atlético é o Brasil, na Copa Sul Americana) tornavam o espetáculo mais bonito.

E, como sempre, vez por outra, as câmeras focalizavam as lindas torcedoras, que freqüentam a arena. É impressionante a quantidade de mulheres bonitas, neste Paraná, e, em especial, na torcida do Atlético. Apenas o gramado parecia não ter a mesma qualidade que tinha, na época em que eu era um assíduo espectador dos jogos. Mas nada que comprometesse, pois a bola rolou tranquilamente.

Só faltava o Atlético corresponder. Podia até perder por 1 x 0 para o tradicional time uruguaio, do Nacional. Faltava nada, pois o furacão deu show. Depois de eliminar o River Plate, da Argentina, após uma bela vitória, em Buenos Ayres e um empate, em Curitiba, dava para acreditar numa passagem tranqüila, para as semifinais deste time que, vem se acostumando com competições internacionais. Depois das Taças Libertadores de 1999, 2002, 2003 e do vice, em 2005, a torcida acredita, na conquista de mais um título –destas feita, continental, para o clube da Água Verde.

O ataque, com Marcos Aurélio e Denis Marques é muito rápido e tem sido bem municiado por Ferreira e Cristian. Ou mesmo pelas alas, com Jeancalo e Michel. Surpresa mesmo foi ver a jovem dupla de zaga, como Danilo e João Carlos fazendo gols. E Alan Bahia, como sempre, com muita coragem, colocando a cabeça nos pés do uruguaio, como no gol de Denys Marques. Cleber já passou uma grande segurança para a torcida.

Nem o gol do Nacional assustou. Logo depois, pude presenciar uma verdadeira obra de arte, do futebol brasileiro. Um ataque arrasador do furacão. Com Denys tocando, de letra, para linha de fundo e um cruzamento, para trás, encontrou um tranqüilo Marcos Aurélio, na área do inimigo. Com muita categoria, parou a bola, e tocou na saída do goleiro. Golaço. Ainda bem que eu estava vendo pela TV e pude ver este gol, à exaustão. E quero ver novamente!

Epa! E não é que o Atlético ainda tem Paulo Rinck e Pedro Odoni, no banco? Como é que este time não está disputando o título do brasileiro? Só tem uma justificativa: Priorizou a Copa Sulamericana. Porque, sem dúvida alguma, este elenco é muito bom e pode conquistar a América. Que venham os mexicanos! Arriba Atlético!