Torcida adversária comanda
Sou atleticano desde o berço. Vou aos jogos desde pequeno, já fui até gandula da Federação na época da Copa União. Mas vi algo inusitado no jogo contra o Corinthians que não vejo há tempos.
A torcida Corinthiana não parava de cantar. E foi até o final do jogo. Não que nós não estivéssemos cantando e gritando. Mas ao mesmo tempo que viamos o Furacão levar um gol e pouco criar, fomos perdendo a força da voz. Os Fanáticos e a Ultras são incríveis, mas não conseguiram ditar o ritmo na Arena. Aquele ritmo que faz o jogador sentir das arqibancadas a força de uma torcida e ir pra cima do adversário. Até parece que somos Curitibanos. Aquele estilizado por ser tão fechado que não cumprimenta nem o vizinho ou o motorista do ônibus.
Ficamos assistindo o Corinthians jogar e marcar. E já na metade do segundo tempo, não nos adiantou gritar. Pois como um doente a beira da morte assitíamos também o Atlético/PR ser “operado” sem anestesia pelo árbitro (carioca) da partida, que deve ser vascaíno e com isso descontou em nós a perda dos pontos da rodada retrasada. Enquanto isso, a torcida corinthiana não parava de cantar, e cada vez mais alto. Tentamos nos impor, mas ao apito final, vimos quem gritou mais alto, e quem foi embora mais rápido. Talvez por sermos cuirtibanos não estamos acostumados a passar os 90 minutos gritando, cantando e apoiando o nosso time. Poucos são esses. Mas temos que pensar o quanto isso faz a diferença no clima do jogo. Aquele que grita mais, dita o ritmo da partida. Não dá pra deixar o visitante vir na nossa casa e por os pés na cadeira.