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17 nov 2006 - 10h49

Missão Pachuca

Vamos aguardar agora o segundo tempo, que será realizado bem longe daqui, em Pachuca de Soto, cidade do estado de Hidalgo no México, a 2500 m acima do nível do mar, (taí mais um obstáculo que o Atlético terá pela frente) reduto da boa e disciplinada equipe do Pachuca Club de Fútbol, os “Tuzos” como são chamados, time este que conta com bons valores individuais e uma disciplina tática de causar inveja.

Segundo o técnico Vadão a segunda etapa será diferente. Vamos nos encher de esperanças então, e torcer para que realmente as coisas mudem, que os jogadores Atleticanos acordem para o jogo, para a realidade, mudem o comportamentos dentro de campo, tomem uma atitude, pois estamos numa semifinal de um campeonato Sulamericano, onde o título desta competição seria um feito inédito para a história do futebol paranaense e brasileiro, mas parece que os jogadores não atentaram para este detalhe.Vamos começar por um dos fundamentos básicos do futebol que é o passe, não sei se estou aqui exagerando, mas durante a partida fiquei como nunca irritado com o que via, erros e mais erros de passe, um absurdo, alarmante, coisa de peladeiros de fim de semana. É inadimissivel presenciar um jogador profissional, que treina o dia inteiro, que ganha, e ganha muito bem para isso, atrapalhar-se com a bola nos pés, não conseguindo sequer servir seu companheiro com um lançamento ou um simples toque na bola em direção a ele, ou então “matar” uma bola que seja. E o nosso meio de campo? Praticamente não existiu diante da equipe mexicana, não tinhamos o homem de ligação, de criação, pois com extrema dificuldade para sair jogando, nossa zaga batia cabeça e a bola era simplismente “rifada” para frente, através de chutões na esperança que “desse sorte” encontrando talvez pelo meio do caminho o velocista Denis Marques ou o solitário Marcos Aurélio. Os erros individuais e coletivos não param por ai, o cansaço já não é mais desculpa, a torcida não é boba e perdeu a paciência, viu a deficiência técnica vir à tona, somos uma equipe limitada, sem um padrão de jogo definido. Como se não bastasse, nosso goleiro tem demostrado extrema dificuldade em sair do gol, chamar a responsabilidade para si nas bolas alçadas em direção a área.

Apesar de toda esta escolhambação que se encontra a equipe, obteremos sim a tão sonhada classificação no México neste “segundo tempo” através da superação de cada jogador, do amor a camisa e o coração no bico da chuteira, pois a torcida já demonstrou sua força, está na hora dos jogadores darem a volta por cima. Colocar a equipe titular contra os Bambis seria providencial nesta altura do campeonato, onde precisamos ainda somar pontos para fugir definitivamente do fantasma do rebaixamento (fazer companhia para os ervilhas na segundona seria fim de carreira) e confirmar a classificação para a Sulamericana de 2007, pois Palmeiras e Juventude estão de olho na última vaga que momentâneamente ainda é nossa.



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