Namorada canalha
Nosso time tá parecendo namorada canalha que fica enrolando o garotinho iludido: dá esperança, cria expectativas e simplesmente não cumpre nada do que promete! Quarta-feira (aliás, nos quatro últimos jogos que eu assisti) parece que nossos jogadores tomaram calmante na preleção. Faltou o que sobrou nos jogos contra Nacional, Paranazinho e Vasco: vibração, raça, vontade e tesão de jogar! Esses jogos nos fizeram criar a expectativa de terminarmos o ano, até então pífio, com um título inédito e uma campanha ao menos honrosa no Brasileiro. Como fomos inocentes! Acreditamos mais uma vez na canalha. Ao que tudo indica estamos nos encaminhando para a pifiedade. Vejam: no domingo, seremos “convidados” na festa dos bambis (tipo aquele molequinho rico que me chamava pra ir brincar na sua casa só pra mostrar o videogame novo que ganhara e me detonava no Winning Eleven 2 ou 3); ainda temos que empatar pelo ao menos um jogo pra garantir que não iremos nos juntar ao coxinha na série B, o que pra eles seria como se ganhassem um título; e, salvo a altitude de 2426 metros da cidade de Pachuca tenha efeito inverso no nosso plantel (acorde-os!) e o Atlético, que neste ano foi poucas vezes Furacão, consiga reverter a dificílima situação a que se submeteu após ser derrotado em casa, fecharemos o ano levando um pé-na-bunda da canalha!
Falando em pé na bunda, as cenas de violência entre atleticanos vistas na Arena nos fazem sentir vergonha! Aquilo é pior que tomar goleada do Bostafogo ou ser coadjuvante na festa dos bambis. É simplesmente irracional e inaceitável.