A volta dos que não foram
E assim chegamos ao apagar das luzes em 2006. De forma previsível, melancólica e com sofrimento além do suportável a cada jogo.
A decepção só não foi maior em virtude dos poucos momentos de brilho do Furacão em jogos atípicos com equipes duvidosas. Leia-se vitória sobre os reservas do River Plate, mais preocupado com o campeonato argentino e o o confronto com o arquirival Boca Juniors, e sobre o desfigurado Nacional. Por pura paixão e um pouco deslumbrados com os comentários da mídia, apostamos mais uma vez na capacidade de nossa limitada equipe. No Brasileirão, a irregularidade foi a grande marca, o verdadeiro “Top of Mind 2006” para a sofrida nação atleticana.
E 2007? Se nossa diretoria manter a atual política, será mais um ano de agonia. Não se quer aqui tirar o mérito ou a importância da finalização de nosso mais sagrado templo, mas só isto basta? Fico imaginando o que nossos representantes projetam para o ano que se aproxima. Com o retorno de equipes tradicionais e de grandes torcidas a primeira divisão, vislumbra-se um campeonato brasileiro ainda mais equilibrado e disputado do que o atual. Sem mencionar Paranaense, Copa do Brasil e (talvez) Sulamericana.
E até o momento a única informação de reforço é a volta de Netinho. Isto é preocupante. Tão preocupante que acredito que como eu, muitos rubro-negros vão comemorar o reveillón brindando coquetéis de champagne com aspirina. Só por prevenção. Pois do jeito que está, o futuro próximo nos reserva muitas enxaquecas.