O que mais teremos que agüentar?
E agora, senhores? O que resta a nós torcedores além indignação por ver um time tão incompetente durante o ano todo, e a vergonha por ver a nossa paixão ser muito mais massacrada ao logo dos campeonatos, do que massacrar e, pelo menos, não dar vexame.
A esperança de que o comando Rubro Negro tomasse atitudes para resolver problemas tão ridículos e óbvios, que se repetem há tempos, como o fato de um time que sonha em ser campeão internacional não saber nem bater um lateral, não acertar o posicionamento de sua zaga, não parar de tomar gol de bolas alçadas na área pelos adversários (onde todos inclusive o goleiro) simplesmente entram em colapso e o jogo vai pelo ralo, enfim, várias e várias deficiências técnicas e táticas que a torcida já não agüenta mais.
Os dirigentes atleticanos tem se mostrado extremamente exigentes para com a torcida e imprensa, não joga às claras, as informações são minguadas e obscuras, enfim, comporta-se como a estrela do mundo, mas o resultado é pífio e revoltante.
Com relação à torcida, essa é obrigada a pagar o ingresso mais caro do Brasil, sabemos que temos um estádio modelo, mas existe com certeza uma discrepância grande no que se paga e no que é oferecido, tanto em termos de estrutura física, quanto dentro e fora de campo.
Depois de muito sofrer, principalmente em 2006, assumo a posição de cliente da minha grande paixão, o Clube Atlético Paranaense, e não aceitarei mais calado os desmandos e o modelo ditatorial de condução dos assuntos do meu time. Como torcedor e proprietário de pacotes do clube, tenho o direito de ter informação sobre o time, de saber qual é o planejamento do clube, de exigir uma administração mais eficaz, principalmente na área do futebol, onde ainda pagamos muito caro por erros e experiências mal sucedidas (como por exemplo a festa dos técnicos desconhecidos todo começo de ano), bem como na área jurídica que vem se mostrando em muitos casos ineficiente e até infantil como no caso Aloísio e também no caso Dagoberto, que juntamente com a atuação do Imperador Petraglia está sendo conduzido de forma grosseira e deselegante tanto para com o jogador, como para a torcida (não estou defendendo as ações de Dagoberto, mas o assunto não precisa ser conduzido com violência e “vingança”), atitudes essas que não cabem mais na relação torcida-time, enfim, nessas e em todas as outras áreas que compõem a empresa Atlético Paranaense.
Na dúvida entre renovar ou não meu pacote, peso o amor que tenho ao clube e os freqüentes desrespeitos sofridos pelas várias atitudes antidemocráticas tomadas pela diretoria frente aos seus torcedores, e a passividade de grande parte da torcida perante aos abusos impostos pelo time dentro de campo com atuações bisonhas e desinteressadas, e fora de campo pela diretoria que em muitos casos se mostra incompetente, despreparada e prepotente o suficiente para continuar dirigindo o clube com a mesma empáfia e arrogância demonstrada ao longo do tempo.
Ano que vem não renovarei meu pacote, não premiarei a direção do clube com a minha presença garantida em todos os jogos, aguardarei e exigirei uma postura diferente de nosso corpo diretor.
Que o grande Clube Atlético Paranaense tenha dias mais iluminados e um futuro mais promissor que o presente que está vivendo, onde possui o rótulo de melhor estádio, organização exemplar nas ações de marketing, mas que não possui estratégia competente para o seu futebol e ainda sofre com atitudes de ética duvidosa.
Uma pena!