Durante algum tempo tornamo-nos adversários do asqueroso SPFC. A própria imprensa nacional, referia-se ao encontro dos dois clubes como o novo clássico do futebol brasileiro. Nos sites de torcidas e jornais paulistas, a gente dava uma cutucada, e na hora choviam impropérios e sacanagens, sinal de que o Furacão fazia presença, e incomodava! Hoje, você bate, e nem resposta tem! Quando muito respondem assim: “Procure um timinho do tamanho do teu pra encher o saco.Que tal o Coritiba?”

Pergunto-lhes: quem mudou? O Atlético ou o SPFC? Lógico, foi o Atlético! Nosso furacão, como time de futebol, sumiu do cenário nacional. O SPFC continua lá, navegando em águas tranqüilas, disputando a final de tudo que começa, e ganhando aquilo que realmente lhe interessa! Diferenças? Visíveis muito poucas. Embora sediado naquela baita cidade, o SPFC é um time de pouca torcida. O sãopaulino só vai a campo nas decisões, e se mensurarmos média por jogo, estaremos ali, no pau a pau, mesmo estando numa cidade dez vezes menor que SP, e dividindo torcida com três siglas.

Na parte estrutural, os números também se equiparam: ambos têm bons estádios, bons CTs, e boa imagem internacional. Porém, o grande mérito do atual campeão brasileiro, é do trabalho da sua Diretoria, que reúne atletas de segunda categoria, infla-os de orgulho, de respeito, de disciplina, de amor pelo clube, transformando peças vis, em preciosidades enquanto conjunto! Tirando Júnior, Mineiro e Ilsinho, o resto do time, é composto por cabeças de bagre. Quem é Souza? Quem é Danilo? Quem é Thiago? Quem é Fabão? Quem é Rogério Ceni? O melhor batedor de faltas do Brasil, e apenas um goleiro inseguro e falastrão. O caneleiro e hoje ídolo Aloísio era banco no Furacão há menos de um ano.

Sua Diretoria não entra pra perder. Lá quem manda, manda, e quem não manda obedece. Hábeis, honestos e sérios negociadores, apoiados por um corpo jurídico que é disparado, o melhor do Brasil, dão um show a cada negociação, e via de regra, levam o que vieram buscar e no preço que se propuseram a pagar! Infelizmente, o duplo comando no Furacão confunde muito, com mandos e desmandos, mentiras e meias verdades aliadas a atitudes despóticas e antipáticas, sem respeito pela torcida, e tratando atletas como se fossem vaca de exposição, apenas limpos, escovados e desverminados, e todos com uma tabela dependurada no pescoço, onde consta raça, idade, posição, peso, altura, e em relevo: o preço!

O atleta entra sabendo que isto aqui é só um entreposto, que ele não passa de uma mercadoria a venda, e que esta camisa, por quem choramos e rimos há quase um século, é apenas a embalagem!Infelizmente estas diferenças de comportamento e de atitudes, colocam-nos a anos luz do famigerado e odiado time dos bambis.