Agora que praticamente encerramos o ano, como todo comerciante faz, o Atlético deveria fazer um balanço honesto e destemido, procurando analisar friamente onde e quando errou, se é que acertou em algum estágio do ano.

Este ano é passado. Como um insignificante torcedor corneteiro, diria que foi o pior ano da era Petraglia. Nosso comandante tem se mostrado um homem eficientíssimo nas coisas empresariais, tem uma excelente visão no mundo das coisas materiais. Graças a essas qualidades sabemos que ele conseguirá concluir a Arena Kyocera. Como a parte de futebol foi deixada nas mãos de outras pessoas, teremos que ir atrás dos encarregados das compras e das “olhadas” dos boleiros. O problema deve estar no Setor de Compras.

Claro que há muita coisa de errado no time do Clube Atlético Paranaense. Quanto aos jogadores do nosso plantel, sem citar nomes porque se assim o fizesse, estaria jogando contra o meu time. Deve haver muitos outros times otários que possam estar interessados em alguns dos nossos jogadores e longe de mim, estragar negócios em andamento. Sinceramente, com todo respeito, mas em nosso time há jogadores que fazem faltas desnecessárias para não passarem vergonha de levar dribles, há jogadores violentos que agridem sem bola, há jogadores que adoram uma “cachaça”, há jogadores desagregadores, há jogadores de armação que só armam contra-ataques para os adversários e há jogadores de ataque que só provocam ataques de riso. Isso sem contar com goleiros que falharam nas horas decisivas.

Perder para os “catarinas” como são chamados nossos queridos vizinhos, está se tornando rotina e marca característica. Esquecemos da última vez que ganhamos de algum time catarina. Fosse eu o encarregado do Setor de Compras, começaria tudo de novo. Ficaria com apenas 3 jogadores dos que aí estão, buscaria mais um pouco no Junior, e sairia às compras no interior do Paraná e de São Paulo. Com certeza absoluta formaríamos um grande time.

Só o fato de alguns dos nossos jogadores deixarem de fazer parte do time, seria um avanço extraordinário. Ocorre que há alguns jogadores nossos que parecem intocáveis. Por alguma mágica, eles conseguem sobreviver a todos os obstáculos, parecem que têm armaduras protetoras. Será que não são outros interesses que os mantêm no time? Não sabemos, são tantos os mistérios que procuramos nem pensar nisso. A grande realidade é que o ano de 2006 tem de ser deletado completamente, inclusive da pasta dos excluídos. Fazer como se ele nunca tivesse existido e que Deus nos abençoe para não irmos fazer companhia aos pangarés do Gionedis na segunda divisão no próximo ano de 2008.

O segredo está na formação de atletas. A resposta para todas as nossas indagações deve estar lá. Não é possível que com toda aquela estrutura não consigamos formar craques para suprir o nosso time principal.