Li atentamente a todas as manifestações dos meus colegas Atleticanos, e concordo com a grande maioria, mesmo com aqueles que acham que tudo no Atlético está errado. Nem tudo está errado, tampouco os acertos foram poucos. Temos sim que dar ênfase à conclusão do Estádio Joaquim Américo (enfim um grande acerto) mas não podemos perder de vista o Futebol, foco principal do Atlético, já que de Clube não temos nada. Precisamos ter em mente que o nome é bom mas qualidade do futebol é sofrível. É preciso focar com mais qualidade na montagem de uma nova equipe para o ano que vem, até mesmo para dar consistência a uma proposta de grandiosidade que em todo discurso da nossa diretoria é manifestada.

Para ser grande é preciso de resultados. Buscar resultados significa ao menos contratar jogadores com qualidade técnica condizente com a grandeza do país do Futebol. Aliás, de há muito deixamos de ser o país do futebol para ser o país que comercializa o futebol. Qualquer criança que faça dez embaixadinhas seguidas já é vendido para o exterior como se fosse craque. Chega dessa visão míope. Chega de dirigente que se diz profissional mas que não enxerga um palmo adiante do nariz. Chega de teoria e vamos à prática. Prática de futebol melhor do que o que fazemos em nossas peladas de final de semana. Quem viu o jogo do Atlético (se é que chegou a ser um jogo) não escalaria nehum dos jogadores do Atlético em campo para jogar no seu time de peladas, até mesmo porque para jogar é preciso correr.

E no resto do Brasil, com excessão de um ou dois times, o resto é piada de mau gosto. Palmeiras e seus craques de nome são um exemplo da mediocridade do futebol brasileiro e do desrespeito destes jogadores pelos clubes de futebol e suas torcidas. E aí vamos nós aquí, engolindo um time no geral sem qualidade e vivendo do lampejo de um ou outro jogador para nos tirar do sufoco, de vez em quando. Não dá para esconder: o time não joga, não corre e não tem vontade. Então, sigamos os exemplos dos mais espertos, vamos vender o que for possível, contratar bem sem grandes nomes (vide Palmeiras) e quem sabe, com um pouco de inspiração e um técnico mais dinâmico e arrojado, retomar o nosso destino de grande clube de Futebol. Que tal prestar atenção no São Paulo que consegue vender Fabão e Danilo (como sendo craques) por uma fortuna e ainda mantém em seu banco time suficiente para figurar entre os grandes do Brasil, senão o maior. Tirar jogadores dos clubes co-irmãos sem lhes pagar quase nada. Ganhar ações na justiça porque são mais hábeis e espertos dos que os demais, e claro, ganhar títulos e se transformar na maior mídia futebolística do país e entre as maiores do mundo.

É preciso prestar atenção no que ocorre com o Futebol que está dando certo, não para imitar, mas para fazer melhor. E como é ruim falar deste São Paulo que detesto, mas que é capaz e faz valer sua força, dentro e fora do campo. Vamos aprender e crescer. O ano que vem está mais perto do que imaginamos e não há tempo a perder.