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28 nov 2006 - 17h05

Ambiente

Qualquer pessoa, entidade, instituição, organização seja qual for, vive sempre sobre as influências do ambiente. O futebol por mexer e realçar as paixões até daquelas pessoas mais retraídas, tem o poder de inflamar ou deprimir de um instante para outro, sem pedir licença ou permissão, porque decorre do resultado da disputa, que muitas vezes pode trazer surpresas.

A história do futebol também mostra que ninguém deve dormir em berço esplêndido ou substimar a capacidade do adversário, porque tal atitude pode reverter no velho ditado do “feitiço virou contra o feiticeiro.” Ao analisar rapidamente as últimas quatro décadas do futebol paranaense, veremos que houve uma hegemonia deles na primeira dédcada, que se dissipou quando acharam que viveriam eternamente “nas cabeças” porque eram mais ricos, papavam tudo dentro (ou fora) de campo e a glória estava eternizada. Ledo engano.

Na outra década começou o esvaziamento da supremacia deles e as forças futebolísticas começaram a se equilibrar e espalhar para outras agremiações, inclusive com nossas conquistas da metade dos títulos disputados, a nível regional, mesmo no ano da “zebra” do título deles a nível nacional. Na década seguinte, a fusão dos times das “Villas” parecia acenar a mudança definitiva das cores do futebol paranaense: surgia o gigante, o novo time dos pinheirais com o maior patrimônio já visto em nossas terras e a promessa era arrebatar tudo que fosse disputado pela frente. Passaram a nos mostrar a mão aberta para demonstrar a quantidade de títulos conquistados. Deram brechas para a incompetência e os questionamentos sobre condutas administrativas, colocando sob suspeita e em cheque, a trilha seguida pelo novo bicho papão. Deu no que deu, o patrimônio se esvaindo e as dificuldades arruinando a sobrevivência do clube.

Esta última década podemos dizer que foi “nossa”. Fizemos em dez anos o que não fizemos em setenta anos de história, e com méritos. Chegamos a ser “zombados pelos co-irmãos” por ter comprado pacotinho com pedaços de tijolinho da velha Baixada. Mas na humildade de quem cresce com sangue, suor e lágrimas, fomos aquinhoando nosso espaço com títulos regionais, título nacional, final de libertadores, disputando frequentemente competições de expressão e fazendo a nossa marca ganhar o devido espaço. O Atlético hoje é conhecido e respeitado mundo afora. De sobra ainda construimos o melhor estádio da América Latina, que deve ser concluído nos próximos dois anos.

Mas o nosso principal produto deve ser o futebol e, nestes dois últimos anos, embora tenhamos disputado duas competições internacionais, uma chegando a final e outra a semi-final, sabemos que todos estamos “meio frustrados.” Muitos fatores “extra-campo” infuenciaram a nossa vida nos últimos três anos, não quero repetir aqui quais foram, mas todos sabem. Desejo apenas chamar a atenção para o fato que, mesmo estando numa situação até certo ponto confortável, não podemos nos dar ao luxo de esnobar os adversários, fazer pouco caso do destino e conturbar a relação clube/torcida.

Com humildade e com a soma das energias positivas, o Atlético chegou onde chegou, construindo uma história bonita e galgando o seu espaço mais que merecidamente. O que não podemos e não devemos é perturbar ou conturbar nosso “ambiente.” O Atlético é inegavelmente o clube de maior apelo e paixão de nosso Estado e, certamente, seus dirigentes saberão retomar o ambiente positivo que nos fez chegar onde chegamos.



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