Pelo andar da carruagem
Acabou o ano futebolístico de 2006, finalmente e sem nenhum motivo pra comemorarmos, posto que a única vitória que tivemos foi a classificação para última vaga da Copa Sulamericana de 2007, ou seja, ficamos em 13o. lugar no Brasileiro, somente a frente de Juventude, Fluminense e Palmeiras. Pra quem sonhava disputar todos os títulos e ao menos conseguir uma vaguinha na Libertadores de 2007! Ficamos longe, muito longe, de forma triste e bisonha e em certas situações humilhados.
Não se reclame contudo, pois refletindo, vemos que nada fizemos para que a situação fosse outra. Não adianta também falarmos do Givanildo, uma piada, Cristian, César, João Leonardo, Herrera, Paulo Rink e outros memoráveis “craques”, que desfilaram com nossa camisa neste ano. Tem a diretoria, que ter a grandeza de reconhecer que exigiu-se muito dos torcedores/consumidores e nada se lhes deu em troca. Ou melhor deu aos torcedores/consumidores, um dos mais, senão o mais medíocre time da nossa história recente.
Acabou o suplício. Ao menos não fomos rebaixados, embora a medíocridade do time sugerisse a derrocada fatal para a segundona. É certo que todos os atleticanos, depois de um ano terrível, acompanham atentamente os passos da diretoria, tentando descobrir o que vem pela frente. Porém, ante as poucas manifestações que temos, porque a direção há meses não dá qualquer satisfação a quem quer que seja, embora fosse sua obrigação por tratar os torcedores como consumidores, pelo andar da carruagem, não podemos esperar nada muito diferente do que foi 2006. Ora, o próprio Vadão já disse que vai ficar, não obstante o péssimo trabalho que realizou neste ano. Se o Givanildo com toda aquela categoria ficou até quando quis, porque o Vadão que não ganha só a 8 jogos não ficaria?
Não há qualquer aceno para troca de treinador. O Vadão é um cara legal, trabalhador, honesto, mas não é o profissional pra um time que diz que é grande. Aceita qualquer coisa, qualquer jogador, não tem cacife pra enfrentar jogador mais famoso. Opa! Jogador famoso nem pensar. Já sabemos que os nossos reforços deverão ser o Netinho, o Ticão, o Igor, o Durval, o Andrey e outros emprestados, e mais alguns jogadores, uns 30 ou 40, do Itumbiara, Anapolina, Arapiraca, etc. Foi assim que fizemos em 2006, quando os reforços conhecidos para o time que disputaria todos os títulos foram o Cléber e o Michel Bastos.
A conclusão da Arena é importante? Claro que sim. Mas é impossível acreditar que não possamos montar um time de mais qualidade que este time ridículo e sem vontade de 2006….é impossível. Ou a diretoria vai querer continuar com os mesmos? Sei lá, mas pelo andar da carruagem…