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12 jan 2007 - 12h32

Artilheiro cambalhota

Pode soar estranho, mas o torcedor do Náutico conhece melhor o jogador do Atlético Artur Pereira Neto que o aficcionado pelo Furacão. Mais conhecido como Netinho, este catarinense, de Itajaí, foi emprestado pelo Rubro-Negro ao clube pernambucano para a temporada 2006.

Em Recife, sob o calor quase sufocante, o garoto recebeu um outro tipo de calor – o humano. E se deu bem. Passou a marcar gols e foi o artilheiro do time, no estadual e no ano. À frente de Felipe (que foi o artilheiro da equipe, na serie B) e do ídolo Kuki, ao longo do ano.

Marcou gols importantes, na Copa do Brasil e na segunda divisão, levando o time alvirrubro pernambucano, à conquista de uma das vagas da serie A, para 2007. Tantos gols, seguidos de tantas cambalhotas, quanto, lhe renderam uma admiração da torcida, que, já tinha um ídolo na equipe. Passou, então, a ser o “xodó” timbu.

Identificado com o time e com a torcida, chegou a assistir jogos (quando cumpriu suspensão ou estava machucado – no final da temporada), ao lado da massa e vestido com camisa de uma torcida local. Foi, sem dúvida alguma, um dos símbolos do Náutico, na sua vitoriosa campanha de acesso.

Cobrador oficial de pênaltis da equipe, tinha a confiança de Roberto Cavalo, Paulo Campos e Hélio dos Anjos (treinadores que passaram pela equipe timbu, ao longo do ano). Também chegou a fazer gols de cobrança de faltas e era sempre um perigo na área adversária, pela facilidade de chutar, de qualquer canto.

Seu único defeito é o corpo franzino. Cassado pelos adversários, recebeu muitas faltas e não pode dar seqüência a muitas jogadas. E não resistiu ao final da temporada, com um problema muscular, face a enorme carga sofrida ao longo do ano. Mas, invariavelmente, criava boas chances de gol. Teve ótima atuação ao lado de Kuki, Felipe e Nildo e fez com que o time do Náutico tivesse um dos melhores ataques da segundona.

Diante da ausência de um lateral esquerdo, o Náutico improvisou o meia-atacante na posição e, este surpreendeu, correspondendo (mesmo que totalmente fora de suas características) e tornando o lado esquerdo do time bastante ofensivo (sem ser vulnerável).

A torcida do alvirrubro de Recife lamentou seu retorno ao Atlético. Isto demonstra o quão útil ele pode ser, ao furacão, ao lado de Ramon, Dennys Marques e Marcos Aurélio ou Ferreira e Paulo Rinck. Boa sorte Netinho, pois a torcida do Atlético já tem a sorte de tê-lo no elenco.



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