Sócios: o direito ao meio ingresso
Conversei hoje (16/01) com o meu amigo Mauro Holzmann. Primeiramente para parabenizá-lo pela brilhante iniciativa do Sócio-Torcedor, pois creio ser uma estratégia que deverá gerar muito mais receita do que os “pacotes” dos anos anteriores. Depois, fiz o meu pedido, como pai e atleticano: o Clube deveria disponibilizar a categoria de filho de sócio, tornando possível às nossas crianças o direito ao ingresso livre mediante opagamento de uma mensalidade com valor diferenciado.
A minha conta é muito simples: tres filhos, com 12, 9 e 5 anos, vezes R$ 60,00, mais R$ 60,00 da minha mensalidade dá R$ 240,00/mês. Em um ano, são exatos R$ 2.880,00. Pois bem: considerando o ingresso a R$ 30,00, e a meia a R$ 15,00, gastarei R$ 75,00 por jogo, eu e meus filhos, comprando na bilheteria. Ora, para gastar R$ 2.880,00, preciso ir a 38 jogos no ano.
Se eu for a TODOS os jogos do Brasileiro com as crianças,ainda tenho que levá-los às semi-finais e finais do Paranaense, Copa do Brasil e Sul-Americana.Levando em conta os dias de chuva, jogos noturnos às 10:00hs. da noite, o inverno e outras interferências, é muito pouco provável que eu trenha alguma compensação com a adesão ao Sócio-Toecedor. Mas a questão não é só financeira.
Nossos filhos são a razão da existência do Atético, muito mais do que nós. Eles são a geração “Arena Pronta”, são a geração “Copa do Mundo na Baixada”, são, na verdade, o futuro do Atlético. Diante dos meus argumentos, o Mauro me apresentou uma razão definitiva para a não contemplação dos nossos filhos: segundo ele, no ano passado os planos “kids” e “Family” foram um fracasso total de vendas, e portanto não se justificaria a montagem de toda uma estrutura para tâo pouco retorno.
Nesse sentido, não vou questionar, muito menos comentar a estratégia de marketing adotada por eles, afinal o Mauro é um dos mais competentes marqueteiros do futebol do Brasil. Assim, só me resta uma maneira de mostrar aos nossos dirigentes o quanto eles estão errados ao excluir os nossos filhos desta promoção: proponho ao Furacão.com a deflagração de uma campanha de cadastramento de menores de 14 anos, cujos pais venham a tornar-se´Sócio Torcedor com a criação da categoria de Filho de Sócio, ou Sócio Dependente, pagando o equivalente a metade da mensalidade do pai. Quero crer que poderemos, com certa facilidade, reunir rapidamente mais de 500 filhos, quantia esta que eu julgo suficiente para sensibiliza-los. Organizando o cadastro, restará ao Clube, através do departamento de marketing, implantar a categoria, estabelecendo suas regras básicas, como idade-limite e vinculação ao pai ou responsável.
Inicio o cadastro indicando tres nomes:
Eduardo Natal Tanus – 12 anos
Bernardo Natal Tanus – 9 anos
Pedro Henrique Natal Tanus – 5 anos
Agora é com você, atleticano, que vê no seufilho a continuidade da tua paixão. E com você, Mauro, afinal de contas, 500 filhos a trintão por mês dá R$ 15.000,00 a mais no orçamento. Se não é muito, também não atrapalha.