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31 jan 2007 - 11h49

O Rei está nu

Sábio ditado francês afirma que “Quanto mais as coisas mudam, mais elas ficam como estão”; e esta foi a tônica da propalada coletiva de segunda feira. Nada foi dito, e muito menos acrescentado. Apenas tivemos a confirmação de que as obras de conclusão do estádio estão proteladas sine-die, à espera de sinecuras governamentais que não existem, em função de uma copa não confirmada, e que segundo analistas sérios, sua realização no Brasil está muito longe da realidade.

(Pessoalmente acho ótimo; desde que se esqueça este assunto por algum tempo, e comecemos a pensar em montar um elenco com 29/30 jogadores de nível rasoável, descartar o resto, e destes atletas formarmos um time competitivo, que honre nossas cores e nossas tradições. Nada excepcional; apenas pro gasto, e que não nos envergonhe.)

Tivemos também a confirmação de que os jogadores Marcão Cia, com tanta gente depositando esperanças na permanência deles, só ficarão no Atlético caso não apareça nenhum interessado; portanto o adeus é apenas questão de dias.

No mais, apenas as churumelas de sempre contra empresários, FPF, campeonato regional, ratos e dagobertos da vida. Ops…, escapou, jurei não falar mais sobre este assunto, mas é impossível calar: de novo nosso rei mentiu. Eu estive no Pinhão, acompanhei cada gesto de Dagoberto, antes, durante e depois da partida, incluindo seu comportamento junto aos colegas de banco, e vi apenas a vexatória e vergonhosa recepção por parte da torcida pau mandado. Não vi, repito: não vi nenhum gesto de provocação à torcida, ou qualquer coisa que pudesse desaboná-lo. Vi sim, um jogador alquebrado, derrotado, acuado, mais próximo de alguém rumo ao cadafalso. E mais, acompanho quase todos os programas esportivos de rádio e TV, e não vi nem li, uma linha sequer sobre esta possível agresão à torcida; pelo contrário! – Mente de novo, descaradamente o Sr. MCP, tentando descarregar responsabilidades. O rei sabe que ele e sua diretoria dilapidaram um patrimônio do clube, por pura vaidade e bossalidades pessoais. O problema Dagoberto surgiu há mais de ano, e qualquer dirigente sensato, teria se descartado deste elemento na primeira oportunidade. Conforme ele mesmo disse: “Agora é guerra!”, ótimo, só que, quem já perdeu esta guerra foi o Atlético. Saísse o prejuízo do bolso dele, ou do bolso de algum de seus acólitos e puxa-sacos, certamente teriam resolvido esta meleca hà muito tempo. Agora é tarde.

Não conheço Dagoberto; e nunca cheguei perto de MCP. Apenas vejo-o encarapitado no seu trono, rodeado por sua corte e vassalos em dias de jogo. Um moderno César em sua arena, à espera de que, os que vão morrer saúdem-no!



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