5 fev 2007 - 10h08

Roberto, campeão sub-20, apresenta-se hoje a Vadão

Ele era o único “amador” entre os 20 jogadores convocados. Na posição de volante, teve que se virar numa equipe marcada pela fragilidade defensiva, ora protegendo o meio-campo, ora cobrindo os furos da zaga. E mesmo com os holofotes voltados para os já consagrados Lucas e Alexandre Pato, Roberto conseguiu destaque na seleção brasileira campeã do Sul-Americano Sub-20, no Paraguai, no final do mês passado.

Desempenho que faz do volante do Atlético, que se apresenta hoje ao técnico Vadão, uma das principais esperanças da torcida rubro-negra para a temporada 2007.

“Eu ganhei 10 dias de descanso. Mas vou voltar antes pois não quero perder tempo. O time está se formando e eu vou em busca do meu espaço”, diz Roberto, diretamente de São Paulo, onde foi curtir as “mini-férias” ao lado da família.

A volta aos treinos precipitada, após cinqüenta dias de concentração total em nome da conquista do passaporte para a Olimpíada de Pequim (2008), é fácil de entender. Com um ano de Atlético na categoria de juniores, ele nunca atuou no time profissional. Trilhou o caminho inverso, ganhando notoriedade antes com a camisa amarela.

Nada melhor que aproveitar a moral de campeão com a seleção para iniciar sua história no clube que o projetou. “Estou ansioso para jogar na Arena. Assisti muitas partidas da arquibancada e sei como é o calor da torcida, deve ser muito bom sentir isso em campo”, revela o jogador de 18 anos, e que tem contrato com o Furacão até o início de 2009. No entanto, antes ele terá que brigar pela vaga com Alan Bahia, Marcelo Silva e Erandir – três “preferidos” de Vadão.

Vindo do Guarani (SP) no final de 2005 para o CT do Caju, Roberto começou na escolinha do Novo Horizonte, em São Paulo – ele é baiano de Tucano, mas foi para a capital paulista com um ano de idade. De lá, passou pela Portuguesa e aos 15 anos acabou no Bugre. No Rubro-Negro fez bom papel no juvenil e brilhou nos juniores em 2006, titular nas três conquistas das quatro competições que a categoria disputou.

O bom futebol rendeu convocações para as seleções sub-17, sub-18 e, finalmente, para o Sul-Americano. No Paraguai, chamou a atenção pela firmeza na marcação e pela boa saída com a bola, além da serenidade em campo, incomum para um garoto. “No Atlético eu atacava mais, gostava de sair para o jogo, marcar uns golzinhos, na seleção fiquei mais na defesa”, comenta. Em alguns jogos, Roberto chegou a atuar até como terceiro zagueiro.

O trabalho cumprido com a camisa amarela deixa o “Terrorista” – apelido que ganhou dos companheiros pela “cara de árabe”– confiante para a disputa dos jogos olímpicos na China, independente do comando técnico, se Nelson Rodrigues ou o responsável pela principal Dunga. “Fiquei muito satisfeito, o pessoal da seleção me conheceu bem, sabe do meu potencial. Mas tudo vai depender da minha seqüencia no Atlético”.



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