Desde 1988 eu tenho acompanhado o furacão nos estádios de Curitiba, sofri muito com o amadorismo dos dirigentes que comandavam o Atlético até aquele fatídico atletiba de páscoa em 1995, onde eu era uma das vozes que cantavam sem parar no estádio dos coxinhas e comoveram o Petraglia a tomar as rédias do clube.

Aquela goleada de 5×1 com os coxas imitando coelhinho e sacaneando a nossa torcida ficou engasgada na garganta de todos os atleticanos. A nossa torcida esperou dois anos para sentir o gosto de devolver aquela goleada. Foi num domingo, no pinheirão, o Atlético com vários desfalques naquele time que tinha Paulo Rink, Oséas, Ricardo Pinto, Jorginho… O jogo estava muito equilibrado, mas no final do 1º tempo os coxas sairam na frente e a 1ª etapa acabou 1×0 para eles. Começou o 2º tempo e a torcida, puxada pela Fanáticos, empurrava o time como só nós sabemos fazer, mas aos 7 min o coxa fez o segundo. Eu pensei ” vamos perder mais uma vez, não pode, esse time tem que virar o jogo”, acho que esse era o sentimento de toda a torcida que lá estava, e então a torcida começou a cantar ainda mais forte e a magia começou a acontecer, aos 10 min o Atléico fez o primeiro e 10 min depois ganhava o jogo por 4×2, a festa que a torcida fez no terceiro gol foi inesquecível, todos se abraçavam, choravam, gritavam, foi inexplicável a emoção, só quem estava lá sabe a festa que foi. O jogo acabou 5×2 para o furacão e a nação atleticana pode enfim lavar a alma.