Grande atletiba
Meninos eu vi. Era dia de estréia. Ernani chegara do Vasco da Gama prometendo chinelar o Coritiba, como destacou em manchete a Tribuna daquele domingo. Era um tempo em que craque falava mesmo. O bom e já então não um piá Capitão envergava a camisa “7” do Rubro Negro. Nivaldo estava ali pelo meio campo, quando ainda o armador jogava com a “10”.
O time deles estreiava um uniforme novo, todo verde. Nós, com a velha camisa com as listras horizontais, tradicional naqueles tempos. Estádio lotado, Fanáticos à postos, como sempre foi, é e será.
Começado o jogo, não é que eles saíram na frente? Que droga, pensei, será que com esses caras que jogam uma barbaridade não vai dar? Aí aconteceu algo surpreendente. Capitão começou a infernizar a vida da zaga adversária. Ernani acendeu, com jogadas de efeito, coisa de craque mesmo.
Era isso que precisávamos. Nivaldo regendo a meiúca, distribuindo o jogo. Se bem me lembro, lá estava também Sotter, grande lateral direita. E assim foi que Capitão, “o homem do jogo”, fazendo dois gols, junto com Ernani e sua “turma de gente boa”, garantiu a virada para 3×2. Uma festa.
Hoje me pergunto: o que aconteceu com os craques que vinham, viam e venciam? Bons tempos quando os verdadeiramente bons de bola falavam. E faziam.
Abraço a todos do site, estão de parabéns.