Na velha Baixada
Falar de Atletiba nos dias de hoje, é voltar ao passado. É como marcar um encontro com uma saudosa paixão de antigamente, e ter a esperança de encontrar a mesma pessoa, sem se dar conta que o tempo passa e é inexorável e que muitas coisas mudam. Graças a Deus para nós, foi muito para melhor, pessoas que comandaram e comandam o clube, estão a frente de seu tempo e tiveram uma visão futurista que nos coloca hoje na primeira classe rivalizando com outros clubes e com outras regiões, e o antigo de segunda categoria, resta apenas boas lembranças do passado.
Poderia falar da final de 1990, o melhor de todos para mim, graças ao Berg e ao Dirceu; Final de 1983, grande Joel e aquela perna torta daquele Freitas foram fatais; Cai Cai das faixas de 1985, pobre Rafael, deixou de ir ao México em 1986; Brasileiro de 2005, Paulo André desencadeou a decadência dos pobres, Oséas em 1996, grande arrancada aquela.
Mas vou lembrar de um que foi especial para mim, o Atletiba de 1980, na velha Baixada, depois de não ganharmos desde 1977, perder o titulo de 1978 e não jogarmos com os antigos rivais na Baixada desde de 1971. Que festa, muito maior que o meio titulo do Colorado naquele ano. Vencemos, quebramos este tabu com um gol do magrela e coringa Sarandi, na saída do goleiro Moreira. Foi incrível, por ser na antiga Baixada, depois de quase dez anos sem ter um clássico no querido antigo estádio e também há três anos sem ganhar do até então rival. Me lembro como se fosse hoje a alegria dos rubro-negros, a felicidade era dobrada presentindo que depois de uma difícil década, a de 70, tinhamos tudo para sermos grandes vitoriosas nas três seguintes. E assim se fez!