No sufuco
Uma tarde de sábado fria e chuvosa do inverno curitibano, Baixada lotada, esse era o clima para a final do campeonato paranaense do ano de 2000.
Partida tensa, depois de empatar o primeiro jogo no Couto Pereira (1×1), o Atlético jogava pelo empate mas nem por isso se abdicou do ataque e durante todo o primeiro tempo buscou o gol de todas as formas. O rival se defendia como podia, chegando a meta de Flavio apenas nos contra-ataques. Ainda no fim do primeiro tempo, a retranca alviverde continuava e o gol rubro-negro teimava em não sair, preocupando sua torcida.
No começo do segundo tempo, o rival, por intermédio de Leandro Tavares aproveitou um erro de marcação da defesa atleticana e marcou o primeiro gol da partida.
O adversário fez mais uma alteração, colocando mais um zagueiro e aumentando o ferrolho, a fim de segurar o resultado. Do outro lado, o técnico Vadão partiu para o tudo ou nada, trocou um meia e um lateral por dois atacantes aumentando o poderio ofensivo.
As alterações surtiram efeito aos 32 minutos do segundo tempo, quando em uma cobrança de escanteio, o zagueiro Gustavo cabeceou uma bola nas costas da defesa do adversario aproveitando a falha do goleiro, colocando a bola na rede , o caldeirão veio a baixo, o torcedor engasgado pode gritar mais aliviado era o gol do título. Na comemoração, Gustavo tirou a camisa e foi expulso. Mas o rival não tinha mais forças para buscar a vitória e não mais ameaçou o time atleticano.
Naquele dia saiu o último campeão paranaense do milênio. E, para alegria de todos nós atleticanos, era o Clube Atletico Paranaense.