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28 fev 2007 - 20h59

O paradoxo atleticano

Parte I – o ataque

Não há como um atleticano não se empolgar com a quantidade de gols assinalados pelo nosso dito “time A.” A média de gols é alta e rende longa discussão. Na minha estreita visão de torcedor, vejo duas hipóteses para a média alcançada.

A primeira delas pode ser justificada pela fragilidade das equipes que compõem o Campeonato Paranaense, o que favoreceria tais números. A segunda hipótese estaria embasada no acerto da dupla de ataque, Alex e Denis. Prefiro acreditar na segunda.

Alex Mineiro dispensa comentários. Quanto a Denis Marques, ainda que eu espere maior qualidade, vejo uma evolução significativa da metade do ano passado até o momento nesse atleta. Sinto-me à vontade pra falar desse jogador, pois já me irritei tanto com apresentações pífias desempenhadas pelo Denis que o fato de entender evolução em suas apresentações, só pode ser algo realmente visível. Penso que a crítica e a cobrança são necessárias, todavia, saber reconhecer progresso é indispensável (como uma questão de coerência). Segundo minha percepção, esse jogador está mais condicionado a jogar para a equipe, o que explicaria o volume de gols assinalados com sua fundamental participação ou assistência (o que muitas vezes passa despercebido pelo olhar do torcedor). A expressiva redução de oportunidades por ele desperdiçadas, por conseguinte, culminou no bom número de gols que detém nesse começo de ano. Torço pra que isso se consolide, pois quem o viu entrar em 2004 sabe que ele é capaz de fazer muito mais.

Não posso deixar de mencionar aqui a regularidade de Pedro Oldoni, que certamente nos dará muitas alegrias. Se não se apresenta como um jogador técnico e refinado, tem demonstrado raça (ao vestir a camisa) e no mínimo faro de gol. Haja vista a média de gols que ele tem, principalmente se levarmos em consideração os poucos jogos em que entra e o tempo que fica em campo.

Parte II – a defesa

O parodoxo começa aqui. A quantidade de gols que temos levado é assustadora. Não vou nem mencionar a tal “bola aérea.” E o que mais pesa é o fato de que, além de termos uma das defesas mais vasadas do campeonato, não enfrentamos adversários que justifiquem tantos gols sofridos. Sem dúvida há algo errado no posicionamento defensivo do time, e não tenho dúvidas em dizer que esse problema não está vinculado apenas aos zagueiros. Basta recordarmos as falhas nos gols recentemente sofridos, em que houve colaboração direta dos “alas” ou dos volantes. Talvez a comissão técnica devesse reavaliar seus treinamentos defensivos, pois me recuso a acreditar que todos os zagueiros do Atlético não sabem jogar. Que saudade do nosso consagrado 3-5-2!

Não temos o time dos sonhos, mas temos ídolos de volta; não temos um time imbatível, mas temos indubitavelmente melhores condições que no fatídico ano de 2006; não temos um treinador estrategista, mas na pior das hipóteses começamos o ano com um técnico já conhecido pela torcida; não temos certeza de um ano digno para o Furacão da Baixada, mas temos a velha esperança rubro-negra crescendo e se mobilizando.

Acho que precisamos (e sem haver outra possibilidade) acreditar incondicionalmente e jogar junto com o escrete atleticano, pois “somos a maior do sul do Brasil” e podemos fazer a diferença.



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