Carta a Juarez Villela Filho e demais atleticanos
Comento nesta carta o conteúdo da última coluna de Juarez Villela Filho. Também presenciei a lástima que foi o jogo de ontem do nosso arqui-rival. Sofrível, em todos os aspectos. Pior ainda, o constrangimento do comentarista televisivo, coxa-branca inexorável, quando perguntado sobre o pênalti, balbuciando palavras: “Éhnnn (pausa), realmente foi um pênalti indiscutivel.” Nem ele se convencia.
Concordo, Juarez, com a sua indignação em não bater o coxa dentro da Arena. Tínhamos que massacrá-lo. Tirar sarro do Gionédis não basta, tínhamos que humilhá-los. Esta é a graça de jogar contra o seu rival maior. Por menor que atualmente ele seja, este rival é ainda o Coritiba. Não podemos apagar o passado de humilhações, xingamentos, submissões a quais nos submetemos. Qual o motivo da nossa alegria senão ver o Atletico vencer e o Coritiba perder?
E o que mais me intriga é que a própria torcida alviverde, salvo alguns raros, está conformada com a atuação pífia daquele clube de “football.” O grito de “olé” aos 49 minutos do 2º tempo com 3 jogadores a mais, após chances absurdas de gol perdidas, pênalti perdido, jogadores perdidos, diretoria perdida. Isso sim me fez gargalhar (literalmente) e pensar em que buraco eles estão se metendo! E me fez desligar a TV. Submetem-se a vitórias deméritas, em ganhar daquele jeito do Londrina, que, sem demagogia, é um time modesto e limitado. Até pensei que os gritos fossem ironia, mas não foram. Sinto-me satisfeito em vê-los lá na segunda divisão. É merecido. Agora, sinto pena de vê-los alucinados desse jeito. Mas é só pena mesmo, disso não passa.
Saudações atleticanas!