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9 mar 2007 - 14h16

Que saudades!

Resolvi dar um tempo para ver se a poeira baixava. Puro engano de minha parte. A torcida do Furacão que até pouco tempo atrás era lembrada pelo país afora por incendiar o caldeirão e fazer os adversários tremer, agora é noticia por virar as costas pro time, ovacionar Osama Bin Laden e Sadan Hussein, abandonar o time, invadir o campo e agredir jogadores adversários, brigas, xingamentos exagerados e sem razão, etc, etc, etc.

Absolutamente RIDÍCULO e de uma infantilidade que lembra a criancinha mimada que perdeu o pirulito.

Durante o último campeonato brasileiro tivemos talvez o pior retrospecto em jogos em casa. Perdemos em casa para Grêmio, Corinthians, Botafogo, Goiás, Internacional e Fluminense. Sem contar um empate medíocre com o Fortaleza e a derrota para o Figueirense na Vila Capanema porque perdemos o mando de campo em um dos fatos citados acima. E também não levando em conta as eliminações no Campeonato Paranaense (ADAP – 1 x 2), Copa do Brasil (Volta Redonda – 0 x 0) e Sulamericana (Pachuca – 0 x 1).

Não gostaría de pensar assim, mas é a constatação da realidade.

A Torcida “Organizada” têm sim sua parcela de culpa, e diga-se muita culpa. Invés de alegria, violência. Invés de aplausos, vaias. Invés de incentivo, xingamento.

Quantas vezes vimos nosso time, inferior tecnicamente, arrasar adversários, reverter resultados, atingir vitórias que eram impensadas antes do inicio do jogo, porque não tínhamos apenas 11 jogadores, mas sim, 20.000 vozes uníssonas empurrando o Furacão e encurralando nossos oponentes, que saíam de campo atordoados e em agonia.

Já fizemos um time inteiro voltar a campo ao final da partida apenas para agradecer o apoio e reconhecendo que os méritos da vitória eram dos corações apaixonados que pulsavam na mesma batida.

Ao escrever este texto e recordar destes muitos momentos de êxtase, pude sentir novamente um pouquinho do que sentia. Lágrimas nos olhos, frio na barriga, corpo arrepiado, sequidão na garganta. Quantos não sentiram a mesma coisa nestes momentos de euforia?

Que saudades de ver o Caldeirão ferver de amor e não de dor!

Reflexão: “Acabou a paz, isso aqui já virou um inferno….”



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