Deprimente
Não há outra palavra para exprimir o atual momento em que vive parte de nossos torcedores.
Sou do tempo em que, independente de setores ou não (que sempre existiram, seja na Arena ou no Pinheirão), formávamos um só coro, em prol de nosso Furacão. Não me importava se quem estava ao meu lado era “modinha”, “playboy” ou “fanático”, a mim éramos todos Atleticanos.
Também não concordo com certas políticas aplicadas pela nossa diretoria, mas não deixo que isto diminua a paixão que sinto pelo meu clube.
A intransigência, muito apregoada a nossa diretoria está extrapolando limites e tomando conta de torcedores. Torna-se inadiável o diálogo, em prol de um bem comum que é nosso querido Rubro-Negro, sob pena de termos, aí sim, a total elitização de nosso clube.
O que era simplesmente uma divisão de setores entre cadeiras e arquibancada, agora divide torcedores em classes sociais. Como diria o ditado, quem pode mais, chora menos. Hoje, quem chora somos todos nós, fiéis torcedores de uma torcida dividiva. Esta mesma torcida que antes amedrontava os adversários, hoje amedronta seus próprios irmãos Atleticanos, numa batalha em quem perde é a instituição Clube Atlético Paranaense.
Mas ainda acredito no bom senso entre as duas partes, afinal, sou Atleticano e não desisto nunca.