22 mar 2007 - 18h02

Ídolo da torcida comemora aniversário

Um dos grandes ídolos da história recente do clube está de aniversário nesta quinta-feira. Trata-se de Alberto Valentim do Carmo Neto, ou simplesmente Alberto. O lateral-direito, natural de Oliveira (MG), completa 32 anos no dia de hoje.

Entre idas e vindas, Alberto vestiu por três anos a camisa atleticana. Eleito pela Revista Placar o melhor lateral-direita do Campeonato Brasileiro de 1996, entre 1996 e 99 ele dividiu a camisa atleticana com as cores de Flamengo, São Paulo e Cruzeiro. Mas sempre teve uma identificação maior com o Atlético, clube que o projetou no cenário nacional. Alberto começou a carreira como meia nas categorias de base do América-MG. Depois, jogou nos juniores do Guarani e foi para a Inter de Limeira.

Em 1996, foi considerado a grande revelação do futebol paulista, muito elogiado pelos olheiros atleticanos. No mês de agosto, desembarcou em Curitiba por empréstimo ao Atlético, sendo contratado em definitivo no fim do ano. Estreou no time na partida contra o Bragantino, em 18 de agosto. Neste jogo, a torcida pôde ver sua especialidade: ele não cruzava a bola, colocava-a com perfeição para os centroavantes dentro da área. Deu dois passes para os dois gols de Paulo Rink na vitória por 3 a 1.

O lateral foi considerado um dos grandes responsáveis pela boa campanha do Atlético no Brasileiro de 96. De seus pés, saíram muitos lançamentos precisos e cruzamentos para a dupla Oséas e Paulo Rink, especialistas nas jogadas aéreas. Se não deu para levar o Atlético para o topo da tabela, Alberto foi considerado destaque atleticano, gerando interesse de São Paulo, Flamengo e Real Madrid.

Com tamanha valorização, era considerado um jogador-curinga do Furacão. Nos três anos que jogou no clube, foi uma espécie de "galinha dos ovos dourados". Era emprestado para outros times no primeiro semestre, na disputa dos campeonatos estaduais, e retornava no Brasileiro.

Em 1997, foi para o São Paulo, em troca de Luisinho Netto e Fábio Mello, retornando ao rubro-negro para o Brasileirão. De quebra, foi emprestado ao Cruzeiro para a final do Mundial Interclubes, ficando no banco do time vice-campeão do mundo. No primeiro semestre de 98, jogou no Flamengo, por empréstimo. Desta vez, foi em troca de Rodrigo Mendes e Nélio, que se transformou num dos principais destaques atleticanos na conquista do Paranaense.

Sua história no Atlético terminou com um título. Alberto foi peça importante na conquista do Torneio Seletivo de 1999, levando o Furacão a disputar, pela primeira vez na história, a Taça Libertadores da América. Seu último jogo com a camisa atleticana foi justamente a partida final da Seletiva, contra o Cruzeiro, no Mineirão.

Saiu com a faixa de campeão no peito direto para a Udinese, da Itália. No futebol europeu, enfrentou algumas dificuldades iniciais, mas, aos poucos, conseguiu se firmar na equipe, voltando à posição de meia, jogando pela direita. Mas nem tudo são flores no Velho Continente. Em 2000, ele e outros jogadores brasileiros, como o goleiro Dida e o ex-atleticano Warley, foram acusados de forjar documentação que lhes conferia cidadania européia. O caso foi parar na Fifa e ele chegou a ficar suspenso por alguns meses, até regularizar sua situação, obtendo visto de trabalho no Brasil, atuando como estrangeiro na Europa.

Dos tempos de Atlético, Alberto tem a certeza de que conseguiu se destacar com a camisa número 2 do Furacão. Atuava na posição mais carente do futebol brasileiro, a lateral-direita, e se transformou num dos grandes nomes da exigente e fanática torcida atleticana. Atualmente, Alberto defende as cores do Siena, estando em sua terceira temporada no clube.



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